149% em 5 meses. Esse foi o crescimento do número de investidores em ETFs de janeiro a maio deste ano registrado pela B3. A classe, à época da divulgação desse dado, em 24 de junho, havia acabado de alcançar a marca dos 400 mil investidores.

Por que esse avanço dos ETFs é importante? Já vamos chegar lá. Primeiro, precisa-se resgatar outro dado relevante do primeiro semestre deste ano. De acordo com a Bolsa, no período, o primeiro investimento médio das pessoas físicas foi de R$ 352, menor que o registrado ao final de 2020 (R$ 985).

Unamos esses dois fatos. Os ETFs são Fundos de Investimento reconhecidos por alguns fatores: praticidade, gestão passiva, liquidez (geralmente) alta, boa diversificação e... baixo custo de entrada! Inclusive, esses Fundos são tidos por boa parte dos especialistas em investimentos como ótimas "portas de entrada" para os investidores iniciantes, principalmente para aqueles que desejam ingressar no mercado de renda variável.

Portanto, tendo como base o primeiro investimento médio registrado acima, seria possível montar uma carteira de ETFs que pudesse, ao mesmo tempo, juntar diversificação e exposição a bons ativos de renda variável?

É nessa linha que XP, Genial e Nu Invest indicaram, ao portal Valor Investe, carteiras de ETFs com valor máximo de até R$ 352.

Nesta matéria, iremos passar por essas carteiras.

Carteiras de ETFs até R$ 352

Rodrigo Sgavioli, chefe de alocação e fundos do research da XP, indicou ao portal 3 carteiras difentes, que variam em seus ativos a depender do perfil do investidor que estiver montando suas alocações.

Carteira de ETF XP - Renda Fixa (Brasil)

Levante Advice - ETF

Carteira de ETF XP - Renda Fixa e Variável (Brasil)

Levante Advice - Carteira ETF

Carteira de ETF XP - Renda Fixa e Variável 2ª opção

Levante Advice - Carteira ETF

Carteira de ETF XP - Renda Fixa e Variável (Global)

Levante Advice - Carteira ETF

Destaques para as carteiras de Rendas fixa e variável 2ª opção Brasil e Rendas Fixa e Variável Global. No primeiro caso, além do Ibovespa, a carteira possui exposição também ao SMAL11, índice de Small Caps da Bolsa. Apesar do maior risco com essa última alocação, a carteira possui maiores chances de trazer ganhos representativos ao investidor.

No segundo caso, para além dos dois ETFs de Renda Fixa que estruturam a parte com menor volatilidade da carteira, destaque para o ACWI11, ETF que já analisamos por aqui e que cobre aproximadamente de 85% do mercado global de ações, com alta diversificação e exposição a diferentes ativos.

Carteira de ETF Nu Invest

Levante Advice - Carteira ETF

No caso da carteira recomendada pela Nu Invest, há 4 ETFs de "Renda Variável" (o GOLD11 pode ser visto como Hedge), o que a torna mais arriscada, porém com maiores chances de gerar maiores retornos a quem a seguir. Para além do BOVA11 e do SMALL11, já comentados aqui, temos o BIYF39 e o GOLD11. O BIYF39, ETF menos conhecido em nosso mercado, é, na verdade, um BDR de ETF que acompanha o índice Dow Jones U.S. Financials Capped. Assim, ele dá ao investidor exposição a mais de 200 ativos de bancos, seguradoras e empresas de cartão de crédito dos Estados Unidos. Alguns exemplos dessas companhias são Berkshire Hathaway, JP Morgan, Visa, Mastercard, Bank of America e Morgan Stanley.

No caso do GOLD11, outro ETF que já analisamos por aqui, o ativo busca retornos de investimentos que correspondam, de forma geral, à performance do Fundo de Índice iShares Gold Trust. O GOLD11 investe, ao menos, 95% do patrimônio alocado em cotas do Fundo replicado.

Carteira de ETF Genial

Levante Advice - ETF Carteira

Por fim, temos a carteira recomendada pela Genial Investimentos - ou melhor, por Filipe Villegas, estrategista da casa - para o Valor. Filipe montou a sua carteira levando em consideração temas relevantes do momento atual. Como o portal informou: "Suas escolhas passam pelo tradicional Ibovespa e ações de dividendos até tecnologia, sustentabilidade e criptomoedas."

Como é possível ver na imagem acima, a exposição aos ETFs é bastante balanceada, e a carteira aproveita-se tanto de Fundos menos tradicionais, como o HASH11 e o TECK11, quanto de Fundos mais tradicionais, como o BOVA11 e o DIVO11, todos já analisados em artigos anteriores da Advice.

Além do investimento nesses ativos, capturando tendências importantes, a carteira também foca na pauta da sustentabilidade/ESG com o ISUS11, ETF que segue o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.

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