Você sabe o que é SMAL11, o ETF que replica o índice Small Cap? Neste artigo, iremos falar tudo sobre ele, expondo a nossa opinião sobre se vale, ou não, a pena investir nesse ativo.

Os ETFs, também chamados de Fundos de Índices, são um modelo de Fundo da classe de Fundos de Investimento que estão ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro.

Recentemente, gestoras que atuam no mercado brasileiro têm lançado muitos produtos com essa estrutura.

Nas últimas semanas, a XP lançou o Trend ETF MSCI Asia ex-Japão, que visa replicar o iShares MSCI All Country Asia ex Japan.

Recentemente, o Itaú também lançou um novo produto no mercado de ETFs.

SHOT11, também conhecido como It Now S&P Kensho Moonshots, busca acompanhar o desempenho das 50 ações mais inovadoras em seus respectivos setores e que sejam negociadas nas Bolsas americanas.

Ademais, os ETFs são caracterizados pela Gestão Passiva. Isto é: o objetivo desse tipo de fundo é acompanhar o desempenho do índice que ele tem como referência - seu benchmark.

Porém, vale ressaltar que, mesmo com o recente boom de ETFs em nosso mercado, alguns dos principais ETFs foram lançados há mais tempo.

Por exemplo, podemos citar, o BOVA11 (lançado em 2008) e o IVVB11 (2014).

Além desses, outro Fundo de Índice muito popular entre os investidores é o SMAL11.

O produto lançado em 2008 e gerido pela BlackRock, busca replicar o SMLL, o índice Small Cap da nossa Bolsa de Valores.

O SMAL11 é um dos ETFs mais consolidados no mercado.

Em suma, o índice em questão é composto pelas principais empresas da Bolsa de Valores caracterizadas como Small Caps em nosso mercado.

A pandemia do coronavírus afetou fortemente o mercado, e isso foi refletido nos Fundos que replicam índices da Bolsa.

E, também, nas Small Caps, categoria de ações que vem crescendo, também, em popularidade no Brasil.

Nesse contexto, com o impacto da pandemia mais controlado em 2021, surge o questionamento de se vale a pena investir no SMAL11 neste momento.

Primeiro, antes de responder a essa questão, é importante entender o que é esse Fundo e suas características.

O que é SMAL11?

O iShares BM&FBovespa Small Cap Fundo de Índice, ou simplesmente SMAL11, é um ETF que busca replicar o SMLL, índice de Small Cap da B3.

Assim como os outros Fundos de Índices, as cotas do ativo são negociadas na Bolsa de Valores.

O Fundo é gerido, como dissemos, pela gestora BlackRock e cobra uma taxa de administração de 0,50%.

É importante explicar que as Small Caps são ações de empresas de menor capitalização da Bolsa de Valores.

Em suma, essas ações pertencem a empresas menores que as conhecidas Blue Chips. Além disso, por serem menores, elas possuem a chance de multiplicar seu valor de mercado de maneira mais rápida.

Por isso, podem trazer ganhos maiores a seus acionistas.

Em suma, o SMAL11 é composto por ao menos 95% das ações que compõem a carteira teórica do SMLL.

Os outros 5% restantes são destinados a ativos que não fazem parte do índice, como ativos de Renda Fixa, na maior parte dos casos.

Portanto, é correto afirmar que, ao investir no SMAL11, o investidor, consequentemente, também investirá nas empresas que compõem o SMLL.

Inclusão no SMLL

O Índice Small Caps, como já falamos, é composto pelas empresas de menor capitalização da Bolsa de Valores.

Dessa forma, o objetivo do SMLL é ser o indicador de desempenho médio das cotações dos ativos da carteira teórica do índice.

Por outro lado, não basta apenas ser classificada como small cap para estar no índice. Ou seja: as ações devem seguir alguns critérios.

Dentre esses critérios, vamos citar:

  • Estar entre os ativos que, em ordem decrescente, estejam classificados fora da lista dos que representam 85% do valor de mercado de todas as empresas listadas no mercado a vista (lote-padrão) da B3;
  • Não ser classificado como “Penny Stock” – ações vendidas por um valor abaixo de R$ 1,00;
  • Participar de ao menos em 95% dos pregões no período de vigência das três carteiras anteriores;
  • Estar entre os ativos elegíveis que, no período de vigência das três carteiras anteriores, em ordem decrescente de IN (Índice de Negociabilidade), representem em conjunto 99% do somatório total desses indicadores.

Quais as empresas do SMAL11?

Dentre as empresas que compõem o SMLL e, consequentemente, o SMAL11, podemos destacar algumas, como:

  • PetroRio (PRIO3)
  • Azul (AZUL4)
  • Embraer (EMBR3)
  • Locaweb (LWSA3)
  • Yduqs (YDUQ3)

Aprenda agora tudo sobre os Fundos de Investimento e as principais estratégias para o momento.

Clique abaixo e baixe gratuitamente o Guia Definitivo dos Fundos de Investimento elaborado pelo CIO da Levante Advice, Felipe Bevilacqua, e sua Equipe de Analistas. 

Guia Definitivo dos Fundos de Investimento - Levante Advice - Felipe Bevilacqua


Vale a pena investir no SMAL11?

Agora, neste tópico, vamos falar um pouco sobre as Small Caps em si.

Conforme já mencionado, a pandemia do coronavírus teve um forte impacto em diversos ativos.

E esse é, também, o caso do SMAL11.

Para o segundo semestre de 2021, as expectativas são melhores.

A retomada da economia, comandada pelo processo de vacinação, dão um ar mais otimista para os investidores.

No Brasil, a vacinação aumentou de ritmo.

Em São Paulo, por exemplo, a expectativa é que até a metade de setembro todos os cidadãos do Estado já tenham recebido ao menos a primeira dose da vacina.

Sobre a rentabilidade do SMAL11, no acumulado do ano, com data de referência em 7 de julho, o ETF apresenta uma rentabilidade de 10,74%.

Na comparação entre os índices SMLL e Ibovespa, no acumulado do ano, a vantagem é do SMLL.

O índice Small Cap tem variação positiva de 10,31%, enquanto a do Ibovespa é de 6,14%.

Queda em 2020

Para exemplificar o impacto da pandemia, podemos usar os dados do ano passado.

Para se ter uma ideia, em 2020, o ETF caiu 0,84%.

Em 2019, o Fundo alcançou um retorno de 56,7%.

Em suma, essa queda não é tão expressiva. Outros ativos da Bolsa, por exemplo, tiveram quedas bem mais representativas.

Ademais, vale citar que, naturalmente, as ações Small Caps são mais “arriscadas”. Elas são menos estruturadas e consolidadas no mercado.

Potencial de crescimento das small caps

As Small Caps possuem o lado negativo, já citado: o maior risco em relação às ações mais consolidadas.

Porém, elas também possuem um potencial grande de valorização no mercado a longo prazo.

Isso, porque as empresas de ações Small Caps da Bolsa possuem maior potencial de crescimento/valorização do que as empresas já consolidadas, como dissemos acima.

Isso pode parecer um contraditório, mas vamos analisar.

Uma companhia que já possui grande nome no mercado e já vale muito dinheiro não tem muito mais espaço para crescer.

Ela provavelmente já está muito perto de seu ápice.

Entretanto, as Small Caps ainda não.

Essas empresas ainda possuem um grande espaço de crescimento e valorização.

Portanto, investir em empresas de menor capitalização é uma boa estratégia a longo prazo. Fazendo, é claro, as escolhas corretas.

Agora, antes de resolvermos a questão de se vale, ou não, a pena investir em SMAL11, vamos trazer algumas vantagens e desvantagens desse ETF.

Vantagens

Dentre as vantagens do SMAL11, podemos citar a diversificação de investimentos.

Ao comprar uma cota do ativo, por exemplo, o investidor já tem acesso todas as ações que compõem a carteira teórica do benchmark do Fundo.

Essa característica é muito importante aos investidores. Ela também proporciona diversificação e, consequentemente, segurança ao investidor.

E, assim como a maioria dos ETFs, o SMAL11 também garante praticidade.

Além de estar exposto a diferentes ações só com a compra de uma cota, quem investe nesse ativo também pode acompanhar a performance do Fundo ao vivo em pregão da B3.

Desvantagens

Por outro lado, assim como qualquer outro ativo, o SMAL11 também possui suas desvantagens.

Os Fundos de Investimento possuem taxas para o investidor.

Apesar de os ETFs cobrarem taxas menores em relação aos outros Fundos, o investidor deve ficar atento aos valores, que podem afetar a rentabilidade do ativo.

O SMAL11, por exemplo, cobra uma taxa de administração de 0,50%.

Outro ponto negativo é a falta de liberdade escolha.

Por se tratar de um Fundo, o ativo possui um gestor, o qual irá administrar e seguir a estratégia pré-definida – mesmo se tratando de um ETF, que é gerido em gestão passiva.

Nessa linha, a estratégia consiste sempre, no caso de ETFs, em seguir um índice. Ou seja: seguir porcentagens e alocações definidas por quem gere esse índice.

Por isso, se uma das empresas que compõem o SMLL estiver com suas ações caindo, não há nada que o investidor possa fazer.

Após esse panorama, respondemos à questão.

Em nossa análise, as Small Caps são investimentos promissores e que podem trazer bons ganhos ao investidor.

Isso, é claro, no caso das escolhas corretas.

Porém, ao menos tempo, elas podem trazer maiores riscos. Por isso, sempre tenha em mente os seus objetivos e a sua tolerância ao risco ao investir nessas ações.

Sobre o SMAL11, acreditamos que, para pessoas que preferem praticidade ou para investidores mais iniciantes, esse investimento é bastante adequado.

Sendo, até, mais vantajoso do que investir diretamente em ações Small Caps, por se tratar de uma boa “porta de entrada”.

Porém, nesse investimento, como dissemos, perde-se a liberdade de escolha e um pouco da rentabilidade com as taxas.

Em suma, nesse caso, a resposta final fica com o investidor.

Cabe a ele analisar se Fundo se adequa mais ao seu perfil de investidor e a seus objetivos no momento.

Como investir no SMAL11

O processo de investimento no SMAL11 ocorre de forma similar aos outros ETFs do mercado.

O investidor pode adquirir as cotas do Fundo após abrir uma conta em uma corretora.

Por fim, o investidor consegue comprar as cotas através do ticker na home broker da corretora.

Quer saber mais sobre o mundo dos ETFs? Recomendamos a leitura deste nosso artigo: Você sabe o que são ETFs? Entenda como eles funcionam aqui!

Esperamos que este artigo tenha ajudado você, investidor, a entender melhor o SMAL11.

Caso tenha alguma dúvida, deixe seu comentário abaixo. Estamos sempre prontos para ajudá-lo!

COMPARTILHE ESTE ARTIGO
Compartilhe Compartilhe Compartilhe Compartilhe