Você sabe o que é o QBTC11, o primeiro ETF da América Latina com 100% de exposição ao Bitcoin? Neste artigo, iremos falar tudo sobre ele, comparando-o com o HASH11, o primeiro ETF de criptomoedas da Bolsa de Valores brasileira. Acompanhe mais abaixo!
As criptomoedas estão cada vez mais ganhando espaço no mercado financeiro e se popularizando entre os investidores.
Entretanto, no Brasil, muitas pessoas ainda não entendem como funciona esse mercado de moedas digitais e consideram as criptomoedas muito arriscadas.
Ou seja, é um mercado muito novo e que não está totalmente consolidado.
Dessa forma, para boa parte dos ingressantes nesse nicho, uma forma mais assegurada de investir nesses ativos é através do mercado de ETFs.
E os ETFs - modelo de investimento que também está em forte crescimento - recentemente têm avançado no mercado de criptomoedas.
No cenário doméstico, tem sido cada vez mais comum ver o lançamento de ETFs com foco em criptomoedas.
No mês de julho, por exemplo, começou a ser negociado na Bolsa de Valores o QETH11, o primeiro ETF com 100% de exposição à moeda Ethereum na América Latina.
Ademais, seguindo na criptomoeda Ethereum, a Hashdex anunciou, em agosto, o lançamento do Hashdex Nasdaq Ethereum Reference Price Fundo de Índice, ou simplesmente ETHE11.
Assim como o QETH11, o Fundo da Hashdex também terá 100% de exposição ao Ethereum.
Além desses, a Hashdex também lançou o BITH11, ETF com 100% de exposição ao Bitcoin e com filtro ESG (Envirolmental, Social e Governance).
O Hashdex Nasdaq Bitcoin Reference Price Fundo de Índice vai ter metas de sustentabilidade que buscarão neutralizar as emissões de carbono derivadas da mineração.
Bom, após conhecer os últimos lançamentos, agora é possível perceber como o mercado de ETFs e criptomoedas está bastante diversificado.
Contudo, apesar desses Fundos, dois ETFs que investem em criptoativos negociados na B3 se destacam: o QBTC11 e o HASH11.
O HASH11 foi o primeiro ETF de criptomoedas a ser listado na B3.
Apesar de ser recém-lançado, tendo estreado na B3 no dia 26 de abril de 2021, o Fundo já é um dos ETFs mais populares do mercado.
Segundo pesquisa do Big Data da Smart Brain, no mês de junho, as cotas do HASH11 ficaram em segundo lugar entre as ações preferidas dos investidores.
Além disso, em maio, de acordo com levantamento da B3, o HASH11 ficou na terceira colocação entre os ETFs mais negociados na Bolsa.
Para saber mais sobre o HASH11 e nossa análise sobre o Fundo, recomendamos a leitura do nosso artigo sobre o ETF: HASH11: Afinal, Vale a Pena Investir nesse ETF?
Por outro lado, temos QBTC11, o primeiro ETF da América Latina com 100% de exposição ao Bitcoin.
Dessa forma, trazemos este artigo a você, investidor, com intuito de apresentar o QBTC11 e compará-lo com o HASH11.
Afinal, vale mais a pena investir no QBTC11 ou no HASH11?
O que é QBTC11?
Primeiro, antes de compararmos os dois Fundos, é preciso conhecer melhor o QBTC11.
O QR CME CF Bitcoin Reference Rate Fundo de Índice – Investimento no Exterior, ou simplesmente QBTC11, é um ETF que replica o CME CF Bitcoin Reference Rate.
Conforme mencionado, o Fundo de Índice (outra nomenclatura para ETF) é o primeiro Fundo da América Latina com 100% de exposição ao Bitcoin.
Além disso, o produto, que é gerido pela QR Asset, ainda tem como foco a neutralização da emissão de carbono e cobra uma taxa de administração de 0,75% ao ano.
Atualmente, de acordo com dados da gestora, o QBTC11 possui um patrimônio líquido de R$ 172,07 milhões.
O seu benchmark, o CME CF Bitcoin Reference Rate, elaborado pela Chicago Mercantile Exchange Group, é tido como referência dos contratos futuros de Bitcoin.
Assim, o índice encontra o preço de mercado do Bitcoin ao contabilizar as chamadas transações relevantes em exchanges.
Como funciona o QBTC11?
Conforme já citado, o QBTC11 é um Fundo de Índice.
Ou seja, ele busca replicar o desempenho de algum índice – neste caso, o CME CF Bitcoin Reference Rate.
Diferentemente do que acontece em outras modalidades de Fundos de Investimento, como o de Ações e os Multimercados, os ETFs são negociados em Bolsa.
Importante destacar que, por se tratar de um Fundo com gestão passiva, o gestor segue a política de investimentos do Fundo sem realizar uma análise ativa antes de fazer a alocação.
Dito isso, o ETF investirá no mínimo 95% de seu patrimônio em Bitcoin através de cotas de Fundos de Investimento que visem refletir as variações e rentabilidade do índice.
Além disso, o QBTC11 poderá negociar posições compradas no mercado futuro de dólar, a fim de proteger o risco de descolamento decorrente da exposição cambial gerada pelas posições mantidas nos mercados em que é negociado o ativo digital.
A composição do Fundo, com data de referência no dia 17 de agosto de 2021, é o seguinte:
- Bitcoin – 99,93% da composição da carteira
- Real – 0,06% da composição da carteira
- Dólar – 0,01% da composição da carteira
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Quais as vantagens e desvantagens dos ETFs de criptomoedas?
Bom, assim como todos os tipos de investimentos, os ETFs de criptomoedas possuem vantagens e desvantagens.
Vamos começar pelas vantagens.
Vantagens
O investidor, ao investir em criptomoedas por meio do QBTC11 ou do HASH11, não precisa se preocupar com wallets ou chaves privadas. Nem mesmo com Exchanges. É na tela da corretora tradicional que aparecerá o ETF.
Complementando essa questão, pelos Fundo de Índice serem negociados em Bolsa, o investidor consegue acompanhar o desempenho do Fundo ao vivo durante o pregão.
Desvantagens
Dentre as desvantagens, a principal delas é a cobrança de taxas.
No caso do QBTC11 e do HASH11, as taxas cobradas são as taxas de administração.
O investidor deve ficar bem atento a esse ponto, pois o valor cobrado pode ter impacto na rentabilidade.
O QBTC11 cobra uma taxa de 0,75% ao ano, enquanto a taxa do HASH11 é de 0,30% ao ano.
QBTC11 ou HASH11: Qual vale mais a pena?
Bom, antes de qualquer análise, importante destacar que cabe a você, investidor, decidir qual o ativo que melhor corresponde ao seu perfil e às suas necessidades.
Por não terem sido lançados há muito tempo, ambos os Fundos possuem dados de rentabilidade escassos.
No caso do QBTC11, o Fundo tem uma rentabilidade aproximada de 20,3% no mês de agosto.
Por outro lado, o HASH11, no mês de agosto, tem uma variação positiva de 22,84%.
Conforme mencionado no texto, os mercados de criptomoedas e ETFs estão em um momento de crescente.
Em relação ao QBTC11 e o HASH11, a principal diferença consiste na exposição desses dois produtos.
O HASH11 é um ETF da Hashdex que replica o NCI (Nasdaq Crypto Index).
O benchmark do Fundo busca refletir globalmente o movimento do mercado de criptoativos.
Dessa forma, o HASH11 tem em sua composição oito criptomoedas diferentes, proporcionando diversificação para o investidor.
As moedas digitais do HASH11 são:
- Bitcoin – 63,62%
- Ethereum – 31,59%
- Litecoin – 1,10%
- Chainlink – 0,98%
- Bitcoin Cash – 0,91%
- Uniswap – 0,80%
- Flicoin – 0,56%
- Stellar – 0,55%
Por ser a principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin tende a influenciar muito o mercado de criptoativos.
Ou seja, quando o Bitcoin sobe, a tendência é que as outras moedas também entrem em tendência de alta.
O HASH11 possui um leque mais diversificado de criptomoedas, podendo se beneficiar da valorização desses outros ativos.
Entretanto, importante ressaltar que a valorização de outras moedas que não sejam o Bitcoin não deve ter muito impacto na rentabilidade do Fundo.
Isso, pois as participações mais relevantes do ETF são em Bitcoin e Ethereum, as duas principais criptomoedas do mercado.
Como mencionado acima, o HASH11 além de investir em Bitcoin, também tem o Ethereum em sua carteira.
Essa criptomoeda é vista como um ativo bastante promissor.
Por outro lado, o QBTC11 é um Fundo “100% Bitcoin”.
Ou seja, está totalmente exposto à performance dessa criptomoeda.
Assim, a diversificação não está presente nesse Fundo.
Além disso, os Fundos também possuem algumas diferenças técnicas.
A taxa de administração do QBTC11, por exemplo, é de 0,75% ao ano.
Todavia, a taxa do HASH11 é de 0,30% ao ano, podendo chegar 1,3% com o acréscimo de 1% de estrutura offshore.
Ademais, o valor da cota – preço que o investidor pagará para ter acesso ao Fundo – do QBTC11 é de R$ 15,44.
A do HASH11 é de R$ 44,55.
Em suma, para aqueles que preferem ter um portfólio mais diversificado, buscando ganhos em mais de uma moeda, o HASH11 vale mais a pena.
Para aqueles, mais conservadores, que preferem investir apenas na criptomoeda central, o QBTC11 é o mais indicado.
Importante destacar que as criptomoedas são ativos muito voláteis.
Portanto, o investidor não deve direcionar grande parte de seu patrimônio para esse tipo ativo.
Mas, sim, usá-lo como forma de diversificação.
Bom, após essa análise, a decisão final é sempre sua, investidor.
Você precisa considerar as vantagens e desvantagens para entender se o ativo se encaixa em suas expectativas.
Como investir no QBTC11?
O investidor que desejar investir no Fundo não terá muita dificuldade.
Portanto, o processo é simples e funciona de forma similar ao investimento em ações.
O investidor precisa abrir uma conta em uma corretora de investimentos.
E, após esse passo, através da home broker da corretora, o investidor consegue comprar as cotas procurando pelo ticker.
Quer saber mais sobre o mundo dos ETFs? Recomendamos a leitura deste nosso artigo: Você sabe o que são ETFs? Entenda como eles funcionam aqui!
Esperamos que este artigo tenha ajudado você, investidor, a entender melhor o QBTC11.
Caso tenha alguma dúvida, deixe seu comentário abaixo. Estamos sempre prontos para ajudá-lo!