Você sabe o que é o ECOO11, o ETF que replica um índice de carbono na Bolsa de Valores? Neste artigo, iremos falar tudo sobre ele expondo a nossa opinião sobre o Fundo. Acompanhe mais abaixo!

A preservação ambiental e a sustentabilidade são temas que têm sido cada vez mais abordados no mundo.

E no mercado financeiro não é diferente.

Atualmente, o termo ESG (Envirolmental, Social e Governance), que tem relação direta com os tópicos acima, está ganhando muita força entre os investidores.

O termo foi cunhado como resposta à necessidade de se investir e fomentar empresas com maior sustentabilidade no mercado financeiro.

ESG pode ser definido como um processo de procura das empresas para reduzirem os impactos ambientais, construir um mundo mais justo e responsável para as pessoas em seu entorno e manter os melhores processos de administração.

Apesar de no Brasil o processo de implementação do filtro ESG ainda estar mais lento em relação a outros países, o crescimento já é visível.

Ao se falar de ESG é importante deixar bem claro que apesar de, à primeira vista, parecer que esses gestores podem ignorar os indicadores fundamentalistas e de mercado da empresa, assim como seu desempenho na Bolsa.

Essa é uma falsa impressão.

Por exemplo, a Vale (VALE3) é uma empresa que vem tendo um desempenho muito positivo nos últimos meses.

Um dos motivos centrais para o aumento do número de investidores interessados pela empresa é, justamente, o seu desenvolvimento ESG.

Recentemente, diversos ativos foram lançados seguindo essa nova linha de investimento.

A Credit Suisse, por exemplo, anunciou, no dia 14 de julho, o lançamento de três Fundos de Investimentos com filtro ESG, os primeiros do banco no Brasil.

O Itaú é outro banco que também está apostando nos ativos ESG.

No último dia 15, começou a ser negociado na Bolsa de Valores o REVE11, ETF que tem como foco replicar o desempenho de um índice que investe em uma cesta de ativos globais engajados em uma mudança para a economia verde.

Os ETFs, ou Fundos de Índices, também são uma classe de investimentos que estão em forte crescimento no mercado brasileiro.

Para se ter uma ideia, em janeiro de 2021, os ETFs listados na B3 contavam com 269 mil investidores. Em maio, esse número registrou um crescimento de 149%, atingindo a marca de 402 mil investidores.

Dessa forma, é nessa linha de investimentos sustentáveis que podemos citar o ECOO11, ETF da BlackRock que replica o Índice Carbono Eficiente (ICO2) da B3.

O Fundo foi criado em 2011, podendo ser considerado um dos percursores de investimentos voltados para economia verde.

Sendo assim, a seguir vamos comentar mais sobre esse ETF e dizer se vale a pena, ou não, investir nele.

O que é ECOO11?

O iShares Índice Carbono Eficiente (ICO2) Brasil Fundo de Índice, ou simplesmente ECOO11, é um ETF que tem como objetivo replicar o ICO2 – Índice Carbono Eficiente – da B3.

O Fundo, criado em 2011, é gerido pela BlackRock e consiste principalmente em investir nas ações que compõem a carteira teórica do índice.

A política de investimento do ECOO11 consiste em aplicar, no mínimo, 95% de seu patrimônio em ações do ICO2, em qualquer proporção.

Nos 5% restantes, o Fundo poderá aplicar em ações e outros ativos que não componham o índice.

O Fundo cobra uma taxa de administração de 0,38%.

Em suma, o Fundo, também conhecido como “ETF Verde”, investe em ações de empresas brasileiras que buscam incentivar a redução da emissão de carbono.

Sobre o ICO2

O Índice Carbono Eficiente foi criado em 2010 e, segundo a B3, tem como objetivo estimular as discussões sobre sustentabilidade no Brasil.

Ademais, o índice foi desenvolvido em resultado de uma parceria entre a Bolsa de Valores e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

A carteira teórica do ICO2 é composta por ações de empresas integrantes do IBrX 100 e que adotam práticas transparentes em relação a emissões de gases de efeito estufa.

Até o ano de 2019, só podiam compor o índice as empresas que fizessem parte do IBrX 50.

Entretanto, em 2020, o índice passou por uma revisão de metodologia, e as empresas do IBrX 100 também foram convidadas a compor a carteira teórica a partir de 2021.

Inclusão no ICO2

Para fazer parte do índice, as empresas devem cumprir alguns critérios, os quais iremos ver a seguir.

  • Pertencer à carteira do IBrX 100;
  • Ter aderido à iniciativa do ICO2;
  • Reportar dados de seu inventário anual de GEE (emissões de gases efeito estufa) de acordo com o nível de abrangência e prazo definidos pela BM&FBOVESPA.

Quais empresas compõem o ECOO11?

Dentre as empresas que compõem o ICO2 e, consequentemente, o ECOO11, podemos destacar algumas, como:

  • Itaú (ITUB4)
  • Bradesco (BBDC4)
  • B3 (B3SA3)
  • Ambev (ABEV3)
  • Magazine Luiza (MGLU3)
  • Natura (NTCO3)
  • Weg (WEGE3)
  • Banco Inter (BIDI11)
  • Banco do Brasil (BBAS3)
  • BTG Pactual (BPAC11)

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Como funciona o ECOO11?

Como já citado, o ECOO11 é um ETF.

Portanto, ele busca replicar o desempenho de algum índice – neste caso, o ICO2.

Diferentemente do que acontece com os outros modelos de Fundos de Investimento, os Fundos de Índices são negociados em Bolsa, como as ações.

Além disso, por se tratar de um Fundo com gestão passiva, o gestor segue a política de investimentos do Fundo sem realizar uma análise ativa antes de fazer a alocação.

Vale a pena investir no ECOO11?

Bom, antes de qualquer análise, vale ressaltar que cabe a você, investidor, decidir qual o ativo que melhor corresponde ao seu perfil e às suas necessidades.

Dito isso, o ECOO11 é um dos primeiros ETFs do mercado brasileiro a ter a pauta ESG como filtro na política de investimentos.

No acumulado do ano, a rentabilidade do Índice Carbono Eficiente, com referência em 21 de julho, é de 0,86%. Já nos últimos 12 meses, o retorno sobe para 7,64%.

O Fundo também apresenta uma valorização positiva. No ano, com a mesma data de referência, o retorno do ativo é de 0,51%. No acumulado dos últimos 12 meses, a valorização é de 6,63%.

Mas, o que torna o ECOO11 atrativo para o futuro?

Como já mencionado, o Fundo segue um índice que estimula as empresas a controlarem emissões de gases danosos ao meio ambiente.

A projeção é que as práticas ESG vão se desenvolver ainda mais no mercado, projetadas pelo interesse dos investidores no assunto e com uma preocupação cada vez maior das empresas em operarem de acordo com a “economia positiva”.

Por outro lado, importante ponderar que há outros Fundos que acompanham as empresas do IBr-X 100 como parâmetro.

Diferentemente do que acontece no ECOO11, no qual a emissão de carbono é um dos parâmetros para seleção de empresas, no BRAX11, por exemplo, não há esse filtro de seleção.

Agora, vamos trazer algumas vantagens e desvantagens desse Fundo.

Vantagens

Dentre as vantagens, podemos começar citando a diversificação de investimentos.

Ou seja, o investidor, ao aplicar nesse Fundo, fica exposto ao rendimento de alguma das principais empresas da Bolsa de Valores, como Itaú e Bradesco.

Importante ressaltar que a diversificação de ativos também é uma forma de o investidor se proteger de fortes perdas.

Outro ponto vantajoso do ECOO11 é o investimento em empresas preocupadas com a preservação do meio ambiente.

Como já falado, essa onda de preocupação global deve aumentar ainda mais nos próximos anos.

Vale destacar que, por se tratar de Fundo negociado em Bolsa, o investidor consegue acompanhar seu desempenho ao vivo durante os pregões.

Desvantagens

Por outro lado, temos as desvantagens.

Um aspecto negativo presente entre todos os ETFs é a falta de liberdade de escolha.

Como já explicado, os ETFs buscam replicar algum índice de Bolsa.

Dessa forma, o gestor irá alocar os investimentos em ações e porcentagens similares com as do índice.

Por exemplo, se uma das ações que compõem o benchmark do Fundo estiver afetando a rentabilidade dele, não há nada que o investidor possa fazer.

Além disso, os Fundos de Índices, possuem uma taxa de administração.

Apesar do valor nesse tipo de aplicação ser menor do que em outros Fundos, os valores cobrados podem afetar a rentabilidade do ETF.

No caso do ECOO11, como retratado no começo, o valor da taxa de administração é de 0,38%.

Assim, o ECOO11 é um investimento recomendado para investidores que buscam diversificação e exposição às empresas que seguem os parâmetros do conceito ESG.

Bom, após essa análise, a decisão final é sempre do investidor.

Ele precisa considerar as vantagens e desvantagens para entender se o ativo se encaixa em suas expectativas. 

Como investir no ECOO11?

O processo de investimento no Fundo é simples e parecido como o de outros ETFs.

O investidor que desejar investir no ETF vai precisar uma conta em alguma corretora de investimentos.

E, por fim, através da home broker da corretora, o investidor consegue comprar as cotas através do ticker.

Quer saber mais sobre o mundo dos ETFs? Recomendamos a leitura deste nosso artigoVocê sabe o que são ETFs? Entenda como eles funcionam aqui!

Esperamos que este artigo tenha ajudado você, investidor, a entender melhor o ECOO11.

Caso tenha alguma dúvida, deixe seu comentário abaixo. Estamos sempre prontos para ajudá-lo!

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