Você sabe o que é REVE11, o ETF que replica o desempenho de um índice com empresas de grande porte dos EUA alinhadas com as premissas ESG? Neste artigo, iremos abordar tudo o que você precisa saber sobre ele. Acompanhe mais abaixo!

A Bolsa de Valores brasileira passa por um momento de muita turbulência, tendo o Ibovespa registrado meses consecutivos com rentabilidade negativa.

Para se ter ideia, em outubro, o Ibov teve a pior queda do ano, com uma desvalorização de -6,74%.

Dessa forma, muitos investidores e especialistas de mercado veem esse momento como uma boa oportunidade para diversificar os investimentos com ações do exterior.

Apesar de também sofrer com alguns impactos “póstumos” da pandemia, o cenário no exterior, especialmente nos EUA, é melhor quando comparado à nossa Bolsa.

Ademais, a diversificação é uma forma de proteção de patrimônio, ainda mais em uma Bolsa tão volátil como a brasileira.

Além disso, outro tema que cada vez mais ganha destaque nos mercados financeiros ao redor do mundo é o ESG (Envirolmental, Social e Governance).

Em outras palavras, os investidores estão dando mais importância a como as empresas se comportam em relação as premissas de sustentabilidade e afins antes de investir.

Vale ressaltar que os comportamentos sustentáveis valem tanto para as questões ambientais quanto para as corporativas.

Os preceitos da “economia verde” são recentes e ainda são tema de desconfiança por parte do mercado

Isso, pois muitas pessoas acreditam que, quando tal empresa é classificada como ESG, os investidores e gestores deixam de avaliar e analisar o desempenho da companhia.

Entretanto, essa é uma falsa impressão.

Nesses casos, tanto os indicadores da empresa quanto as questões atreladas à economia positiva são avaliadas.

Há disponíveis no mercado alguns ETFs que seguem essas linhas de investimento, proporcionando diversificação e exposição às empresas que já estão seguindo as práticas ESG.

Dentre eles, podemos citar o REVE11, que tem como objetivo acompanhar o desempenho do Russell 1000 Green Revenues 50 Index.

Portanto, a seguir, vamos comentar mais sobre esse ETF e trazer suas principais características.

O que é REVE11?

O REVE11, também conhecido como It Now Russell 1000 Green Revenues 50 Fundo de Índice, é um ETF que tem como objetivo replicar o desempenho do índice Russell 1000 Green Revenues 50.

O índice em questão acompanha o desempenho de 50 ações de empresas de grande porte dos EUA que estejam comprometidas com uma transição para uma economia verde.

Ou seja, é um Fundo de Índice (outra nomenclatura para ETFs) engajado com as políticas de uma economia ESG.

Em suma, objetivo do ETF será alcançado através do investimento nas ações que fazem parte do benchmark.

O Fundo é gerido pela Itaú Asset e cobra uma taxa de administração de 0,50% ao ano.

Além disso, trata-se de um produto recente, que começou a ser negociado na Bolsa de Valores no dia 15 de julho de 2021.

Quais as principais empresas do REVE11?

Dentre as empresas que compõem o Russell 1000 Green Revenues 50 Index e, consequentemente, o REVE11, podemos destacar algumas, como:

  • Tesla
  • Danaher Corporation
  • Cisco Systems
  • Waste Management
  • Enphase Energy
  • Eaton Corp PLC
  • Weyerhaeuser
  • Kansas City Southern
  • American Water Works Company
  • Republic Services

Como funciona o REVE11?

O Fundo citado, conforme já citado, trata-se de um Fundo de Índice.

Portanto, ele busca replicar o desempenho de algum índice – neste caso, o Russell 1000 Green Revenues 50.

Diferentemente do que acontece em outras classes de Fundos, como o de Ações e os Multimercados, os ETFs são negociados em Bolsa.

Importante destacar que, por se tratar de um Fundo com gestão passiva, o gestor segue a política de investimentos do Fundo sem realizar uma análise ativa antes de fazer a alocação.

No caso do Fundo em questão, a política de investimento consiste, de acordo com o site da gestora, em:

“Investir até 95% de seu patrimônio em posições compradas no mercado futuro de dólar, a fim de proteger o risco de descolamento decorrente da exposição cambial gerada pelas posições mantidas nos mercados futuros do Índice no Brasil e no exterior, assim como pelas posições em dinheiro, renda fixa local, fundos de investimento e contas a receber em reais”.

Ademais, os 5% restantes podem ser usados para o investimento em outros ativos que não fazem parte do índice de referência.

Vale a pena investir no REVE11?

Bom, antes de qualquer análise, vale ressaltar que cabe a você, investidor, decidir qual o ativo que melhor corresponde ao seu perfil e às suas necessidades.

Conforme citado anteriormente, o produto segue um índice composto por empresas de grande porte dos Estados Unidos engajadas na transição para a economia verde.

No quesito das rentabilidades, de acordo com dados do portal etf.com.vc, o ETF acumula uma valorização de +27,67% desde que começou a ser negociado em nossa Bolsa.

A seguir, trazemos as principais vantagens e desvantagens do Fundo gerido pela Asset da Itaú.

Vantagens

Dentre as vantagens, podemos citar a diversificação e a praticidade.

O investidor, ao aplicar no Fundo, estará, indiretamente, investindo de uma vez só em 50 ações de empresas internacionais.

Além disso, outro aspecto positivo é a “pegada” ESG, que está ganhando seu espaço no mercado.

Os investidores estão cada vez mais atentos a como as companhias estão se portando no tocante a sustentabilidade, tanto em relação à natureza quanto à governança.

Desvantagens

Por outro lado, assim como todos os modelos de investimentos, o REVE11 também tem suas desvantagens.

A taxa de administração é um ponto que requer a atenção do investidor.

Apesar de seu valor ser bem menor em relação outras taxas do mercado, 0,50% ao ano, é sempre recomendável, se possível, evitar taxas.

A segunda desvantagem que podemos citar é a falta de liberdade do investidor.

Ao comprar cotas do Fundo, o investidor estará, consequentemente, investindo nas ações que compõem o benchmark.

Dessa forma, se uma ou mais ações estiverem caindo e comprometendo o Fundo, não há nada que o investidor possa fazer.

Após essa análise podemos dizer que esse ETF apresenta-se como uma boa opção para o investidor.

Entretanto, importante ressaltar que a decisão final é sempre sua, investidor, se deve, ou não, investir no Fundo.

Como investir no REVE11?

O processo para investir no Fundo é similar ao de outros ETFs.

O investidor com interesse em aplicar no ETF vai precisar abrir uma conta em alguma corretora de investimentos.

E, por fim, através da home broker da corretora, o investidor consegue comprar as cotas através do ticker.

Quer saber mais sobre o mundo dos ETFs? Recomendamos a leitura deste nosso artigo: Você sabe o que são ETFs? Entenda como eles funcionam aqui!

Esperamos que este artigo tenha ajudado você, investidor, a entender melhor o REVE11.

Caso tenha alguma dúvida, deixe seu comentário abaixo. Estamos sempre prontos para ajudá-lo!

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