O ano de 2021 está sendo marcado pelo boom de lançamentos de ETFs. O mercado de Fundos de Índices, outra nomeação para ETFs, está em forte crescimento, o que pode ser comprovado pelo número de investidores.

De acordo com o Boletim Mensal ETF da B3 de julho, o número de investidores com posição em custódia em dezembro de 2020 era de 242 mil. Em julho de 2021, esse número já subiu para próximo de 458 mil.

Além disso, algumas das principais gestoras do mercado e a B3 estão investindo no desenvolvimento desse mercado, o qual, no Brasil, ainda é pouco desenvolvido em comparação a outras economias.

No fim de agosto, a B3 anunciou a criação de um portal educativo sobre ETFs com o objetivo de proporcionar suporte à educação voltada aos investimentos em ETFs e BDRs de ETFs.

Dessa forma, a seguir, confira duas tabelas com o rendimento dos ETFs entre janeiro e agosto de 2021, segundo dados extraídos do Quantum e da Infomoney. A primeira tabela contém os ETFs lançados antes de 2021. Já a segunda conta com os Fundos de Índice lançados no decorrer deste ano.

Levante Advice - Ranking ETFs

Levante Advice - Ranking ETFs

Como podemos observar, os Fundos com melhores rentabilidades são aqueles que replicam índices internacionais e de criptomoedas. Isso, pois algumas das principais economias do exterior estão em processo de forte retomada.

O IVVB11, por exemplo, que é o Fundo com melhor retorno no Year To Date, replica o desempenho do S&P 500. O índice é um dos três principais da economia norte-americana, sendo composto pelas 500 ações mais representativas e negociadas na NYSE e na Nasdaq.

A economia dos Estados Unidos é uma das que apresentam forte retomada em 2021, com o Federal Reserve mantendo a taxa de juros em patamares baixos e estimulando a economia.

No caso dos ETFs que replicam índices da Bolsa de Valores brasileira, como é possível observar nas tabelas acima, apesar de algumas rentabilidades serem positivas, os Fundos com índices da B3 não apresentam bons resultados até o momento.

O BOVA11, principal ETF da Bolsa e que replica o Ibovespa, teve um rendimento de -0,50% entre janeiro e agosto de 2021.

Ademais, a indefinição quanto à situação da pandemia de coronavírus – no Brasil e no mundo -, a tensão no cenário político doméstico e a indefinição do fiscal no governo criaram insegurança nos investidores. E isso, é claro, prejudicou o crescimento do Ibovespa. No ano, o principal indicador acionário do mercado brasileiro tem saldo negativo de 0,20%.

Dessa forma, em agosto, nem mesmo os resultados positivos das empresas de capital aberto e os recordes das Bolsas americanas foram capazes de fazer mais peso que os reflexos da instabilidade política por aqui.

 

Além dos Fundos com benchmarks de Bolsas, os ETFs de criptomoedas também chamam atenção pela rentabilidade nesses primeiros oito meses. O pior desempenho fica com o HASH11, que, desde 30 de abril, data do lançamento, apresenta um retorno negativo de – 12,50%.

Por outro lado, o ETHE11, BITH11 e o QETH11, todos lançados em agosto, se aproveitaram de um momento de forte alta das criptomoedas no mês, tendo sido puxadas pelo Bitcoin.

COMPARTILHE ESTE ARTIGO
Compartilhe Compartilhe Compartilhe Compartilhe