Você conhece os ETF de Criptomoedas? Neste artigo, iremos falar tudo sobre esses Fundos, expondo as principais características e se vale a pena, ou não, investir. Acompanhe mais abaixo!

O mercado de criptomoedas tem se popularizado muito ao longo dos anos, e em 2021 isso não tem sido diferente.

Entretanto, as criptomoedas são ativos que, apesar do forte crescimento, ainda são alvos de muito debate e dúvida entre os investidores.

No Brasil, por exemplo, muitas pessoas não sabem como as criptomoedas funcionam e as consideram um investimento muito arriscado.

Ou seja, em outras palavras, podemos dizer que é um mercado muito novo e que ainda busca consolidação.

Mas, como dissemos, esse segmento está cada vez mais ganhando adeptos e diferentes formas de investir.

O maior exemplo da expansão desse mercado está no boom de lançamento de ETFs que replicam índices de criptoativos.

Somente durante o ano de 2021, cinco ETF de criptomoedas foram lançados no Brasil e são negociados na Bolsa de Valores.

Aliás, para surpresa de muitas pessoas, o Brasil, junto ao Canadá, é o principal mercado quando o assunto é ETF de criptomoedas.

“O Brasil? E os Estados Unidos?”, você pode estar se perguntando.

Essa reação é comum, tendo em mente que os Estados Unidos têm uma das economias mais desenvolvidas do mundo e são referência no quesito de ETFs.

Porém, somente no dia 19 de outubro de 2021, após oito anos de espera por aprovação, foi liberada a listagem do primeiro ETF de Bitcoin no país norte-americano.

O produto registrou a segunda maior estreia da história, com quase US$ 1 bilhão em volume negociado.

Dessa forma, seguindo o momento de alta dos criptoativos, trazemos este artigo a você, investidor, com o intuito de explicar os ETF de criptomoedas do Brasil e dizer se vale a pena, ou não, investir neles.

O que é ETF?

Os ETFs (Exchange Traded Fund), também conhecidos como Fundos de Índice, fazem parte da família de Fundos de Investimento.

Entretanto, eles possuem diferenças importantes na comparação a outros tipos de Fundos.

A principal delas é o fato de os ETFs operarem por meio de uma gestão passiva.

Em outras palavras, diferentemente do que acontece nos Fundos de gestão ativa, os ETFs têm como objetivo replicar o desempenho de um índice.

Importante destacar que os Fundos de Índices podem, também, replicar outros ETFs, não somente índices de mercado.

Além disso, outro ponto que difere os Exchange-traded Funds dos Fundos mais tradicionais consiste no fato de que os ETFs são negociados em Bolsa, como as ações.

Em suma, os investidores podem acompanhar o desempenho dos produtos ao vivo durante o pregão.

Ademais, as diferenças também se estendem para o quesito das taxas.

No caso dos Fundos de Índices, não ocorre cobrança de taxa de performance e nem há incidência de come-cotas.

A taxa cobrada nesses Fundos é a de administração, a qual tende a ser menor.

ETF de Criptomoedas: O que são e como funcionam?

Os ETF de Criptomoedas são Fundos de Investimento negociados na Bolsa de Valores e que funcionam de forma similar aos outros produtos do mercado ETF.

A diferença, portanto, entre os ETF de Criptomoedas e os produtos que investem em outros ativos é que os Fundos de Índice de ativos digitais replicam o desempenho de indicadores lastreados em Bitcoin e em outras criptomoedas do mercado.

Nesse sentido, como exemplo, podemos citar o NCI (Nasdaq Crypto Index), o qual foi desenvolvido em parceria da Hashdex com a Nasdaq para refletir globalmente o movimento do mercado de criptoativos.

Quais os ETF de Criptomoedas em nosso mercado?

Conforme citado anteriormente, o Brasil, juntamente com o Canadá, é o principal mercado no quesito de ETF de Criptomoedas.

Atualmente, são negociados cinco ETF de criptomoedas na nossa Bolsa de Valores.

A seguir, conheça os Fundos e suas principais características.

HASH11

O HASH11 foi o primeiro ETF de Criptomoedas negociado no Brasil.

Conhecido também como Hashdex Nasdaq Crypto Index FI, o produto da Hashdex foi lançado em 26 de abril de 2021.

Ademais, ele cobra uma taxa de administração de 1,3% ao ano.

Atualmente, o HASH11 tem um patrimônio líquido de R$ 2,84 bilhões e conta com mais de 120 mil cotistas.

Importante ressaltar o fato de o Fundo ser composto por oito moedas digitais, sendo elas: Bitcoin, Ethereum, Litecoin, Chainlink, Bitcoin Cash, Uniswap, Filecoin e Stellar Lumens.

A rentabilidade do Fundo no último mês foi de 39,21%.

QBTC11

O QBTC11 foi o primeiro ETF da América Latina com 100% de exposição ao Bitcoin.

O QR CME CF Bitcoin Reference Rate Fundo de Índice – Investimento no Exterior é um Fundo de Índice que acompanha o desempenho do CME CF Bitcoin Reference Rate.

Além disso, o produto, gerido pela QR Asset, cobra uma taxa de administração de 0,75% ao ano e tem como foco a neutralização da emissão de carbono.

De acordo com o site da gestora, o patrimônio líquido do Fundo é de R$ 264,63 milhões.

No quesito da rentabilidade, no último mês, ele apresentou uma valorização de 43,47%.

QETH11

Assim como o QBTC11, o QETH11, também gerido pela QR Asset, foi pioneiro em seu mercado.

O ETF em questão foi o primeiro da América Latina com 100% de exposição ao Ethereum.

O QR CME CF Ether Reference Rate Fundo de Índice – Investimento no Exterior replica o desempenho do índice CME CF Ether Reference Rate, da Bolsa de Chicago.

Ademais, o Fundo cobra uma taxa de administração de 0,75% ao ano e tem um patrimônio líquido de R$ 168,56 milhões.

Importante destacar que o Ethereum é a segunda maior criptomoeda do mundo.

A rentabilidade do Fundo no último mês foi de 35,33%.

BITH11

O Hashdex Nasdaq Bitcoin Reference Price Fundo de Índice, negociado sob o ticker “BITH11”, é um ETF com 100% de exposição ao Bitcoin.

Além disso, o produto segue as premissas ESG (Envirolmental, Social e Governance), com o intuito de neutralizar as emissões de carbono decorrentes do investimento em Bitcoin.

O ETF da Hashdex tem mais de R$ 125 milhões em patrimônio líquido e cobra uma taxa de administração de 0,7% ao ano.

A valorização do produto no último mês foi de 43,44% ao ano.

ETHE11

O ETHE11, conhecido também como Hashdex Nasdaq Ethereum Reference Price FI, tem 100% de exposição ao Ethereum.

O Fundo da Hashdex cobra uma taxa de administração de 0,7% ao ano e possui um patrimônio líquido de R$ 145,15 milhões.

Ademais, a rentabilidade do produto durante o último mês foi de 33,65%.

Vale a pena investir em ETF de Criptomoedas?

Bom, antes de qualquer análise, vale ressaltar que cabe a você, investidor, decidir qual o ativo que melhor corresponde ao seu perfil e às suas necessidades.

Dito isso, o mercado de criptomoedas, assim como o de ETFs, está em forte crescimento.

Como foi possível perceber, somente em 2021 foram lançados, até agora, cinco ETF de Criptomoedas.

Entretanto, importante destacar que as criptomoedas são ativos muito voláteis e, por isso, tendem a se valorizar e desvalorizar com muita frequência.

Essas fortes oscilações podem ser observadas após notícias e opiniões de grandes nomes do mercado (como o Elon Musk, por exemplo).

Essas fortes variações são o motivo que deixa muitos investidores com receio de investir nesses ativos.

Por outro lado, muitos especialistas acreditam que as criptomoedas vieram para ficar, muito devido à sua tecnologia disruptiva e à possível funcionalidade prática que boa parte delas podem ter no futuro.

Portanto, com essa análise em mente, os ETF de Criptomoedas podem ser uma boa porta de entrada para investidores iniciantes.

Já os que possuem mais experiência, talvez seja mais vantajoso investir diretamente nas criptomoedas, a não ser pela comodidade e segurança.

Como escolher o seu?

Na hora de escolher em qual ETF de Criptomoedas investir, é importante compreender as diferenças entre os ETFs puramente de Bitcoin, os que possuem mais diversificação e os de exposição ao Ethereum.

Dessa forma, os de Bitcoin são os que oferecem maior segurança.

Isso, pois a moeda em questão foi a primeira a ser desenvolvida, é a mais conhecida e tem mais confiança do mercado.

Outro ponto sobre o Bitcoin é que ele “conduz” o rendimento de outros criptoativos.

Ou seja, se o Bitcoin estiver subindo, ele irá puxar a alta das outras criptomoedas. Caso ele esteja caindo, a tendência é a mesma.

No caso dos que replicam uma cesta de criptoativos (o HASH11, por exemplo), esses são os mais arriscados.

Contudo, eles possuem a chance de se aproveitarem de uma alta assimétrica, apesar de o mercado acompanhar o Bitcoin.

Por fim, os ETFs de Ethereum são bem parecidos com os de Bitcoin, porém são mais arriscados por replicarem uma criptomoeda que possui menos confiança que a principal do mercado.

Quer saber mais sobre o mundo dos ETFs? Recomendamos a leitura deste nosso artigo: Você sabe o que são ETFs? Entenda como eles funcionam aqui!

Esperamos que este artigo tenha ajudado você, investidor, a entender melhor os ETF de Criptomoedas.

Caso tenha alguma dúvida, deixe seu comentário abaixo. Estamos sempre prontos para ajudá-lo!

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