Você sabe o que é XFIX11, o primeiro ETF do Brasil a replicar Fundos de Investimentos Imobiliários? Neste artigo, iremos falar tudo sobre ele, expondo a nossa opinião sobre se vale, ou não, a pena investir nesse ativo.

Desde a chegada da pandemia, a classe de Fundos Imobiliários vem sofrendo com as consequências desse período.

Grande parte dos tipos de Fundos e dos ativos em que eles investem têm sido afetados negativamente pelo contexto pelo qual passamos.

Nessa linha, no mercado brasileiro de ETFs, por exemplo, temos o XFIX11, que é gerido pela XP.

O Fundo em questão busca replicar o IFIX, o principal índice de Fundos Imobiliários da Bolsa de Valores.

Entretanto, recentemente, duas questões têm prejudicado esse índice e, consequentemente, o ETF.

A principal questão é, como dissemos, a pandemia de coronavírus.

Ademais, há uma semana, outro fator veio para impactar o índice – e, consequentemente, o XFIX11.

O setor de Fundos Imobiliários sofreu forte impacto com a proposta da Reforma Tributária.

Apesar de ainda não estar concretizada e poder haver ajustes, a possibilidade de tributação de dividendos presente na proposta foi uma notícia que chocou o setor.

Portanto, com o setor sendo atingido negativamente nos últimos tempos, o questionamento é se vale a pena investir em um ETF que replica um índice que está caindo bastante.

Primeiro, antes de responder a essa questão, é importante entender o que é esse Fundo e suas características.

O que é XFIX11?

O XFIX11 é o primeiro ETF do mercado brasileiro a replicar um índice de Fundos Imobiliários – no caso, o IFIX.

As cotas do Fundo estão disponíveis para negociação na Bolsa de Valores brasileira, a B3.

O ativo – criado pela XP no fim de 2020 – cobra uma taxa de administração de 0,30%.

Além disso, o XFIX é composto por 81 ativos, seguindo a composição do IFIX.

Portanto, podemos definir que o XFIX11 dá como retorno ao investidor o retorno médio ponderado do mercado de Fundos Imobiliários. Assim como o índice replicado.

Importante ressaltar que os dividendos pagos pelos Fundos Imobiliários que compõem o índice são reinvestidos no ETF.

Ou seja, o XFIX11, diferente dos Fundos Imobiliários, não paga dividendos aos seus cotistas.

Sobre o IFIX

Como definição, o índice de referência – ou benchmark – replicado por ETFs é resultado de uma carteira teórica de ativos.

Em suma, ele é composto pelas cotas de Fundos Imobiliários listados no mercado de Bolsa e balcão e é elaborado de acordo com os critérios estabelecidos pela B3.

Ademais, divulgado em 2012, o IFIX demonstra a variação de preço dos FIIs (Fundo de Investimentos Imobiliários), assim como também leva em conta as distribuições de lucros realizadas ao longo do tempo.

Em suma, para um FII estar elegível para compor o índice ele precisa seguir alguns critérios.

Os critérios exigidos são:

  • Não ser um Fundo “penny stock”. Isso quer dizer, não vender suas cotas por um valor abaixo de R$ 1,00;
  • O Fundo precisa estar presente e ser negociado em pelo menos 60% dos pregões no período de vigência das três carteiras anteriores do índice;
  • E, por último, o ativo precisa estar classificado entre os ativos elegíveis que durante as últimas 3 carteiras representem 99% do somatório dos indicadores do Índice de Negociabilidade, em ordem decrescente.

Quais os Fundos do IFIX?

Dentre os Fundos que compõem o IFIX e, consequentemente, o XFIX11, podemos citar alguns, como:

  • Fundo de Investimento Imobiliário ABC Plaza Shopping (ABCP11)
  • FII Absoluto CI (BPFF11)
  • Alianza Trust Renda IMOB FII (ALZR11)
  • FII Barigui CI (BARI11)
  • FII BB PRGII (BBPO11)

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Vale a pena investir no XFIX11?

Neste tópico, vamos discutir um pouco sobre a questão que levantamos na introdução do texto.

Conforme já mencionado, o mercado de Fundos Imobiliários foi um dos mais afetados pela pandemia de coronavírus.

E, como se não bastasse, quando o setor parece seguir para um caminho melhor, a proposta da Reforma Tributária voltou a impactar o mercado.

A possibilidade de tributação nos dividendos foi um golpe muito forte para o setor.

Entretanto, no meio dessas notícias negativas, há uma clareza maior em relação ao futuro da economia.

A expectativa para a retomada econômica no segundo semestre é otimista, principalmente pelo avanço da vacinação.

O cronograma apresentado pelo Governador João Dória, em São Paulo, prevê que em setembro todos os cidadãos do Estado já tenham recebido ao menos a 1ª dose da vacina.

Dessa forma, como consequência desse processo, a vida tende a voltar ao normal e a mobilidade das pessoas, também.

Portanto, essa expectativa otimista faz com que as previsões para o mercado imobiliário sejam mais positivas.

Para exemplificar como essa retomada pode ser benéfica vamos utilizar os shoppings de exemplo.

A maior retomada da economia e a evolução da vacinação levam ao aumento do número de pessoas passeando em shoppings.

Em suma, quanto mais pessoas no shopping e com mais poder de compra, o consumo aumenta.

Assim, há um crescimento também na ocupação de lojas nos shoppings, o que é bom para os Fundos Imobiliários desse setor.

Por outro lado, mesmo com esse cenário mais positivo no horizonte, muitas pessoas estão preocupadas com o momento atual.

A nossa visão sobre o investimento em Fundos Imobiliários

Para se ter uma ideia, no acumulado do ano, com referência até o dia 02 de julho de 2021, o IFIX tem uma desvalorização de -3,73%.

Quando pegamos os dados dos últimos 12 meses, o valor é de -1,87%.

Já o XFIX11, no acumulado do ano, apresenta uma rentabilidade de -3,62%.

Em suma, apesar dos resultados recentes do índice, cabe ao investidor mensurar os riscos e a projeção futura para decidir se investe, ou não, no XFIX11.

Como citado, a longo prazo temos ainda uma visão positiva para a classe. Os ativos dos Fundos Imobiliários representam bons investimentos para diversificação.

Além disso, a questão sobre a tributação dos dividendos não está definida.

Há uma proposta para um possível reajuste - ou mesmo queda - da tributação desses proventos.

E, mesmo com ela, a classe ainda continuará a trazer bons proventos, além de ser possível investir em FIIs com foco em valorização, para ganhar com a valorização da cota, e não somente com os dividendos.

Vantagens

Apesar de os números não serem animadores no momento, esse Fundo possui algumas vantagens.

Assim como a maioria dos ETF, o XFIX11 garante diversificação aos investidores.

Essa característica é muito importante para os investidores e suas carteiras de ativos.

Além de tudo, a diversificação também é uma forma de proteção.

Dentre as vantagens também está a introdução ao mercado de FIIs.

O ETF é uma boa escolha para quem não conhece tanto os Fundos Imobiliários.

Desvantagens

Outra característica similar em todos os ETFs é a falta de liberdade de escolha.

Os ETFs contam com um gestor, que irá administrar e seguir a estratégia pré-definida – mesmo se tratando de um ETF, que é gerido em gestão passiva.

Por exemplo, se um dos Fundos que compõem o IFIX estiver afetando negativamente a rentabilidade do Fundo, não há nada que o investidor possa fazer.

E, no caso, nem o gestor – relembrando: os ETFs são geridos em gestão passiva. Ou seja: apenas replicam um índice.

Como investir no XFIX11?

O processo para investir no XFIX11 é simples e funciona de forma similar aos outros ETFs disponíveis no mercado.

O investidor interessado em aplicar no Fundo pode adquirir as cotas do ativo após abrir uma conta em uma corretora.

Assim, o investidor vai conseguir comprar as cotas através do ticker na home broker da corretora.

Por fim, vale destacar que quem decidir investir no XFIX11 terá uma taxa de administração de 0,30% ao ano.

Quer saber mais sobre o mundo dos ETFs? Recomendamos a leitura deste nosso artigo: Você sabe o que são ETFs? Entenda como eles funcionam aqui!

Esperamos que este artigo tenha ajudado você, investidor, a entender melhor o XFIX11.

Caso tenha alguma dúvida, deixe seu comentário abaixo. Estamos sempre prontos para ajudá-lo!

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