Você sabe o que é USTK11, o ETF que investe em cotas de outro ETF do exterior? Neste artigo, iremos falar tudo sobre ele, expondo a nossa opinião sobre se vale, ou não, a pena investir nesse ativo. Acompanhe mais abaixo!

O mercado de ETFs tem crescido de forma considerável ao longo deste ano, seja pelo aumento no número de investidores, seja pela quantidade de produtos ofertados.

De acordo com o Boletim Mensal ETF da B3 de agosto, o número de investidores na classe já chega a quase 472 mil pessoas.

Para se ter ideia do crescimento ao longo de 2021, o número de investidores com posição em custódia em janeiro era de 269 mil. Em agosto, esse número já subiu para aproximadamente 472 mil.

Ademais, os ETFs podem ser vistos como uma oportunidade de acesso a investimentos internacionais.

Essa procura por ativos no exterior é importante, pois demonstra um amadurecimento dos investidores ao procurarem mercados mais desenvolvidos que o nosso para alocarem parte de seu capital.

Nesse sentido, o setor de tecnologia, que conta com gigantes como Apple e Google, é um dos mais atrativos para os investidores.

Atualmente, no Brasil, já temos alguns ETFs que dão acesso a esse setor.

O NASD11, que busca replicar o índice Nasdaq-100, e o TECK11, que acompanha a performance do NYSE FANG+, são exemplos de produtos com exposição a índices internacionais do setor de tecnologia.

Seguindo nessa linha, podemos citar o USTK11.

O Fundo replica o rendimento do ETF VGT (Vanguard Information Technology), Fundo de Índice (outra nomenclatura para ETF) mundialmente conhecido e listado na Bolsa de Nova Iorque.

A seguir, vamos comentar mais sobre esse produto e dizer se vale a pena, ou não, investir nele.

O que é USTK11?

O USTK11 é um Fundo de Índice que busca replicar o desempenho de outro ETF, o VGT.

Conforme mencionado anteriormente, o ETF VGT é um Fundo de Índice listado na Bolsa de Nova Iorque que possui cerca de US$ 49 bilhões sob gestão e investe em mais de 340 empresas americanas no setor de tecnologia.

Por se tratar também de um ETF, o VGT tem como índice de referência o MSCI US Investable Market Information Technology 25/50 Index.

O benchmark é constituído por mais de 330 companhias, com ações large, mid e small caps.

Além disso, o USTK11 é gerido pela Investo e cobra uma taxa de administração total de 0,74% ao ano.

Quais as empresas do USTK11?

Dentre as empresas que compõem o MSCI US Investable Market Information Technology 25/50 Index e, consequentemente, o USTK11, podemos destacar:

  • Apple (AAPL)
  • Microsoft (MSFT)
  • Nvidia (NVDA)
  • Visa (V)
  • PayPal Holdings (PYPL)
  • Adobe (ADBE)
  • Mastercard (MA)
  • Salesforce (CRM)
  • Cisco Systems (CSCO)
  • Intel (INTC)

Composição setorial do Fundo

O Fundo é composto majoritariamente por empresas de 5 subsetores de tecnologia.

Os principais setores são: hardware e armazenamento (22%), software (20%), semicondutores (17%), processamento de dados (15%) e aplicações digitais (14%).

Como funciona o USTK11?

Conforme citado anteriormente, o funcionamento desse Fundo é diferente dos outros ETFs do mercado.

No caso do Fundo da Investo, ele compra as cotas do ETF VGT, buscando replicar o desempenho do produto.

Em suma, o USTK11 investe de maneira majoritária em cotas do Fundo de Índice VGT.

Assim, a política de investimento do Fundo consiste em aplicar, no mínimo, 95% de seu patrimônio em cotas do ETF VGT, o qual, por sua vez, segue o índice MSCI US Investable Market Information Technology 25/50 Index.

Ademais, o Fundo tem como público-alvo investidores em geral, incluindo pessoas institucionais e pessoas físicas.

Importante mencionar que, diferentemente do que acontece em outras classes de Fundos, como o de Ações e os Multimercados, os ETFs são negociados em Bolsa.

Além disso, por se tratar de um Fundo com gestão passiva, o gestor segue a política de investimentos do Fundo sem realizar uma análise ativa antes de fazer a alocação.

Vale a pena investir no USTK11?

Bom, antes de qualquer análise, importante ressaltar que cabe a você, investidor, saber se tal investimento corresponde ao seu perfil e às suas necessidades.

Dito isso, o Fundo em questão é um ETF que replica a carteira teórica de outro ETF listado na Bolsa de NY.

Podemos dizer que esse ETF apresenta, por um valor bastante acessível, exposição a grandes empresas do setor de tecnologia e a companhias com grandes potenciais de crescimento.

Ademais, importante destacar que o produto também busca se beneficiar do “efeito cauda longa”.

Mas, o que seria o “efeito cauda longa”?

O chamado “efeito cauda longa” quer dizer que, em seu portfólio, o Fundo também conta com empresas emergentes com alto poder de crescimento nos próximos anos.

Ou seja, além das big techs, ele investe, em boa parte, em ações de companhias que não fazem parte do “topo da cadeia do setor”.

Dessa forma, o Fundo pode se aproveitar da margem de crescimento dessas empresas nos próximos anos diante do aumento de importância e da maior necessidade de tecnologia no mundo.

Além disso, outro ponto de destaque é a gestora.

A Investo é a primeira gestora brasileira focada 100% em ETFs.

A empresa está aproveitando-se do crescimento de um mercado que ainda deve se desenvolver muito no Brasil.

Contudo, como todos os investimentos, o produto também possui vantagens e desvantagens.

Vantagens

Dentre as vantagens, podemos citar o investimento no setor de tecnologia.

Como citado anteriormente, esse setor está em crescimento e, com o passar dos anos, cada vez mais as pessoas precisarão utilizar novas tecnologias.

A diversificação e a praticidade também são vantagens desse investimento.

Com a compra da cota, o investidor passa a investir em aproximadamente 340 empresas, desde as big techs até as de menor expressão do setor.

Desvantagens

Todavia, o investimento também possui desvantagens.

Nesse sentido, a cobrança de taxas é um ponto negativo.

O Fundo da Investo cobra uma taxa de administração total de 0,74%, a qual pode ser considerada alta para os Fundos de Índice.

Outro aspecto negativo que está presente em todos os ETFs é a falta de liberdade de escolha.

Por se tratar de um ETF, o objetivo do Fundo é replicar o desempenho de um índice de Bolsa.

Neste caso, o USTK11 replica o desempenho de outro Fundo de Índice.

Entretanto, a lógica é a mesma.

Se alguma das ações que compõem a carteira teórica do ETF VGT estiver prejudicando a rentabilidade do Fundo, não há nada que o investidor possa fazer.

Em suma, o Fundo em questão é uma boa opção de investimento para os investidores que buscam oportunidades no setor de tecnologia e empresas do mercado externo.

Contudo, a decisão final é sempre sua, investidor, que deve analisar as vantagens e desvantagens para saber se o investimento se encaixa em suas expectativas.

Como investir no USTK11?

O processo de investimento para os interessados em aplicar no Fundo ocorre de forma similar aos outros modelos de ETFs do mercado.

O investidor precisa abrir uma conta em alguma corretora de investimentos.

E, por fim, após abrir a conta, o investidor consegue comprar as cotas através do ticker na home broker da corretora.

Quer saber mais sobre o mundo dos ETFs? Recomendamos a leitura deste nosso artigo: Você sabe o que são ETFs? Entenda como eles funcionam aqui!

Esperamos que este artigo tenha ajudado você, investidor, a conhecer melhor o USTK11.

Caso tenha alguma dúvida, deixe seu comentário abaixo. Estamos sempre prontos para ajudá-lo!

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