Você conhece o TECB11, o 1º ETF focado em empresas de tecnologia brasileiras? Neste artigo, iremos falar tudo sobre ele, expondo a nossa opinião sobre o fundo. Acompanhe mais abaixo!

O setor de tecnologia ao longo da última década tem puxado os principais índices das bolsas de valores, como o S&P 500 americano.

No mercado externo, principalmente nos Estados Unidos, é muito comum ouvirmos falar das big techs, as famosas empresas gigantes do setor de tecnologia.

O avanço tecnológico em diversos setores da economia se torna cada vez mais uma realidade, transformando esse setor em um dos mais atrativos para os investidores.

Entretanto, quando falamos especificamente das techs brasileiras, elas não recebem a mesma atenção que as de outros mercados.

O IPO (processo de abertura de capital) de empresas brasileiras de tecnologia tem crescido recentemente, abrindo espaço para uma maior penetração neste mercado.

Para se ter ideia da discrepância da exposição às empresas de tecnologia no Ibovespa com outros índices internacionais, enquanto o Nasdaq-100 e o S&P5 500 possuem, respectivamente, 55,2% e 27,8% da carteira em ações de tecnologia, o Ibovespa possui apenas 1,2%. Podemos citar também o SMLL (índice das empresas small caps) na B3, que conta com 5,4% de empresas de tecnologia.

Assim, uma maneira que você, investidor, tem de aumentar sua exposição às ações de tecnologia brasileiras é por meio de um ETF (Exchange Traded Fund, fundo de índice negociado em bolsa).

Neste caso, podemos citar o TECB11, ETF da Magnetis que acompanha um índice de referência composto, majoritariamente, por ações de empresas tech brasileiras.

Assim, a seguir, vamos comentar mais sobre esse ETF e trazer suas principais características.

O que é TECB11?

O TECB11, também conhecido como Índice de Ações Tech Brasil ETF Fundo de Índice, é um ETF gerido pela Magnetis que acompanha o Índice de Ações Tech Brasil, calculado pela Teva Índices.

O fundo em questão reúne as principais ações de empresas do setor de tecnologia com sede ou com parte relevante de suas operações no Brasil.

Ademais, o índice e, consequentemente, o ETF também são compostos por BDRs (certificados de “compra” emitidos no Brasil de ações ou de ETFs negociados nos mercados externos).

Em suma, o ETF tem como objetivo acompanhar a performance do benchmark em questão.

O índice possui exposição a 3 áreas, sendo elas a de intermediação financeira, e-commerce e software, hardware e dados.

A taxa de administração do TECB11, que começou a ser negociado em 4 de outubro de 2021, é de 0,60% ao ano.

Quais empresas compõem o TECB11?

Dentre as 25 empresas que compõem o Índice de Ações Tech Brasil e, consequentemente, o TECB11, podemos destacar algumas, como:

  • Mercado Livre
  • PagSeguro
  • Magazine Luiza
  • Stone
  • Méliuz
  • Banco Inter
  • Americanas
  • Totvs
  • Locaweb
  • Infracommerce
  • Boa Vista Serviços

Como funciona o TECB11?

O TECB11, conforme já citado, trata-se de um fundo de índice.

Portanto, ele busca replicar o desempenho de algum índice – neste caso, o Índice de Ações Tech Brasil.

Diferentemente do que acontece em outras classes de fundos, como ações e multimercados, os ETFs são negociados em Bolsa.

Importante destacar que, por se tratar de um Fundo com gestão passiva, o gestor segue a política de investimentos do fundo sem realizar uma análise ativa antes de fazer a alocação.

Em outras palavras, o gestor não realiza nenhum tipo de estudo, seja fundamentalista ou técnico, antes de aplicar em determinado ativo. 

A política de investimento do TECB11 consiste em aplicar, no mínimo, 95% de seu patrimônio em ações que façam parte do índice de referência ou em posições compradas no mercado futuro do benchmark, de forma a refletir a variação e rentabilidade do Índice de Ações Tech Brasil.

Ademais, nos 5% restantes, o gestor tem a liberdade de alocar em outras ações ou ativos que não façam parte do índice.

No quesito de dividendos ou bonificações pagos pelas empresas do índice, estes serão incorporados ao patrimônio do produto.

Vale a pena investir no TECB11?

Conforme mencionado no início do artigo, o setor de tecnologia é o principal responsável por gerar retornos nos principais índices globais nos últimos anos.

No Brasil, a exposição a esse setor ainda é tímida, principalmente quando ressaltamos que o Ibovespa oferece apenas 1,2% de exposição a tecnologia.

O “tech gap” (diferença de exposição setorial entre o Ibovespa e outros índices) do Ibov com o S&P500, por exemplo, é de 26,6 pontos percentuais.

O principal indicador acionário da nossa Bolsa é composto em sua grande maioria por empresas de commodities e bancos.

Outro fator que potencializa esse gap consiste que algumas das empresas de tecnologia que têm realizado IPOs recentemente estão focando o processo em bolsas estrangeiras.

No tocante a rentabilidade, apesar da penetração de empresas de tecnologia ainda ser muito baixa, o Índice de Ações Tech Brasil bate o Ibovespa desde sua criação em janeiro de 2019.

Em 2019 e 2020, respectivamente, o índice de tecnologia apresentou uma rentabilidade de 49,1% e 62,3%, enquanto o Ibovespa fechou esses anos com variação de 31,6% e 2,9%.

Contudo, no ano de 2021, o principal indicador brasileiro demonstra uma recuperação na comparação com o índice da Teva.

No ano, com data de referência até 17 de dezembro, o Ibovespa rende -9,9% e o de ações cai -43,5%.

A seguir, confira algumas das vantagens e desvantagens do TECB11.

Vantagens

Dentre as vantagens em investir no fundo, podemos citar a praticidade e diversificação.

O investidor que decidir aplicar no fundo vai ter exposição a 25 empresas locais e BDRs de uma só vez.

Além disso, há a vantagem do investimento na tese de tecnologia em 3 diferentes setores.

Como podemos observar, essa é uma tese que tem se destacado nos últimos anos, e a expectativa é que tendência tecnológica aumente, inclusive no Brasil.

Desvantagens

Por outro lado, o fundo também possui seus pontos negativos.

Neste sentido, um dos principais aspectos a estar atento é sobre a falta de liberdade do investidor.

O gestor do fundo realiza os aportes sem uma análise prévia, seguindo somente as alocações que estão no índice de referência.

Outra questão para se ficar de olho são as taxas cobradas.

O produto em questão cobra uma taxa de administração de 0,60% ao ano.

Em suma, podemos afirmar que a tese de techs é importante, dado que essas empresas possuem alta relevância no cenário global atualmente - e isso tende a aumentar, conforme a tecnologia penetre cada vez mais em outros setores.

Bom, após essa análise, vale ressaltar que cabe a você, investidor, decidir qual o ativo que melhor corresponde ao seu perfil e às suas necessidades.

Como investir no TECB11?

O processo para investimento no fundo ocorre de forma similar ao de outros ETFs.

O investidor com interesse em aplicar no ETF vai precisar abrir uma conta em alguma corretora de investimentos.

E, por fim, por meio do homebroker da corretora, o investidor consegue comprar as cotas por meio do ticker específico.

Quer saber mais sobre o mundo dos ETFs? Recomendamos a leitura deste nosso artigo: Você sabe o que são ETFs? Entenda como eles funcionam aqui!

Esperamos que este artigo tenha ajudado você, investidor, a entender melhor o TECB11.

Caso tenha alguma dúvida, deixe seu comentário abaixo. Estamos sempre prontos para ajudá-lo.

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