O aumento da taxa básica de juros, a Selic, divulgado nesta quarta-feira (16) influencia a rentabilidade de alguns investimentos. A taxa, agora, encontra-se no patamar de 4,25%.

Em suma, uma Selic mais alta é benéfica para os investimentos em Renda Fixa. Isso, pois, quanto mais alto os juros, mais alta é a remuneração deles.

E, atualmente, uma das principais modalidades de Fundos de Investimento que investem em Renda Fixa é a dos Fundos DI.

Esses ativos são facilmente encontrados em diversas plataformas de investimentos ou em bancos. Muito conhecidos no mercado, eles são boas opções para quem deseja investir de maneira diversificada. Além, é claro, de serem ativos que oferecem maior segurança.

E, mesmo que os Fundos DI sejam considerados de baixo risco, eles proporcionam rentabilidades maiores que, por exemplo, a poupança.

Diante do aumento da Selic, que pode gerar uma maior procura por investimentos em Renda Fixa, trazemos este artigo. Nele, vamos buscar trazer um pouco mais sobre os Fundos DI, suas principais características e para qual finalidade são mais indicados.

O que são Fundos DI?

Os Fundos DI são um dos Fundos mais populares do mercado financeiro e são mais indicados para os investidores que estão em busca de formar uma reserva de emergência.

Além disso, a principal característica desse modelo de Fundo é que ele tem como objetivo acompanhar a taxa do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), seu índice de referência.

Por serem classificados como Fundos de Renda Fixa, essa classe de Fundos precisa que pelo menos 95% dos ativos estejam em títulos atrelados aos principais indexadores, CDI ou Selic.

Diante disso, o risco desse tipo de investimentos é baixo, pois boa parte dos seus recursos é destinada para investimentos em títulos públicos, os quais são bem seguros.

Porém, é importante compreender que a rentabilidade desses Fundos não é alta – principalmente em comparação a Fundos de Renda Variável.

Como funcionam os Fundos DI? 

Esse tipo de ativo combina diversos investimentos de renda fixa em uma única aplicação.

Esses Fundos contam com gestores, os quais montam a carteira do Fundo. Nesse caso, ela é formada, principalmente, por títulos de renda fixa pós-fixados.

O que isso quer dizer?

Isso quer dizer que o rendimento desse ativo está diretamente atrelado às variações do CDI e da taxa Selic.

Assim como todos os Fundos, o investidor, para participar do Fundo DI, precisa comprar uma cota dele.


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Rentabilidade 

Os Fundos DI buscam acompanhar a rentabilidade do CDI, mas, normalmente, ficam um pouco abaixo devido ao pagamento de taxas.

Por meio desse tipo de Fundo, o investidor consegue obter uma rentabilidade semelhante a outros produtos de Renda Fixa, como os CDBs.

Para entender melhor como a rentabilidade desse ativo funciona, vamos usar como efeito de comparação outro investimento muito utilizado pelos brasileiros: a caderneta de poupança.

Diferentemente do que acontece nos Fundos DI, na poupança, a rentabilidade é mensal, e os ganhos só são creditados depois de um certo período em que o dinheiro foi aplicado.

Nesses ativos, por outro lado, a rentabilidade é diária. Portanto, se o investidor realizar um investimento hoje e, se por algum motivo, decidir retirá-lo no dia seguinte, ele terá uma remuneração referente a esse curto período em que investiu.

Custos 

Aqui, entramos em um ponto importante.

E que o investidor deve levar em conta para tomar a sua decisão de investimento.

Em Fundos DI, é cobrada uma taxa de administração, a qual é usada para remunerar os profissionais e empresas que cuidam da parte mais burocrática do Fundo.

Diante disso, esse é um ponto aos quais os investidores devem ficar bem atentos antes de aplicar seu dinheiro. Isso, porque essa taxa incide diretamente sobre todo o dinheiro mantido pelo investidor no Fundo DI.

Ademais, a taxa de administração incide de modo proporcional ao valor investido. Ou seja: quanto maior for o valor, mais você terá de deixar para a taxa.

Liquidez 

A liquidez é outro ponto que deve ser observada pelos investidores antes de realizar a aplicação em qualquer ativo.

Ela determina a velocidade em que o valor solicitado para retirada do ativo fica disponível na conta do investidor. Em outras palavras, podemos dizer que é o tempo que o investidor demorará para conseguir realizar o resgate do investimento.

No caso dos Fundos DI, em sua maioria, a liquidez é D+1. Ou seja: o pagamento será creditado na conta do investidor em até um dia útil após a solicitação de resgate.

Além disso, alguns Fundos creditam o resgata em D+0. Isto é: no mesmo dia em que é solicitado.

Essa rapidez para a retirada do dinheiro investido é um dos maiores atrativos dessa classe de Fundos e da maioria dos investimentos em renda fixa.

Essa informação é de suma importância para os investidores, já que esses Fundos e os investimentos de Renda Fixa são em grande parte destinados a reserva de emergência.

Tributação 

A tributação cobrada nesse modelo de Fundo são duas: o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e o Imposto de Renda.

Apesar de haver duas tributações, o IOF, por exemplo, só é cobrado se o resgate for solicitado com menos de 30 dias a partir da aplicação.

Seguindo nessa mesma linha, a tributação do imposto de renda é diferente da cobrada nos outros ativos de Renda Fixa.

Nos Fundos DI, ocorre o chamado “come-cotas”, no qual a cobrança incides sobre a rentabilidade do Fundo a cada 6 meses.

Por outro lado, quanto mais tempo o investidor mantiver a aplicação, menor será o valor cobrado.

Ademais, o “come-cotas” pode passar por mudanças em breve. A cobrança, que acontece duas vezes ao ano (em maio e em novembro), pode passar a ocorrer somente uma vez.

Vale a pena investir em Fundos DI? 

Antes investir em qualquer ativo, o investidor precisa sempre conhecer as características do investimento e saber se ele se encaixa no perfil.

No caso dos Fundos DI, eles são ativos de baixo risco e que proporcionam segurança para o investidor.

Como já citado, esse tipo de investimento é muito indicado para quem quer criar uma reserva de emergência.

Por exemplo, ao comparar a poupança, outro investimento popular para quem quer guardar dinheiro, os Fundos DI se mostram mais vantajosos.

O rendimento da poupança é, atualmente, muitíssimo baixo, de 70% da taxa Selic (pois a taxa está abaixo de 8,5%). Isso é menos que a inflação.

Com o intuito de ajudar você, investidor, a decidir se esse modelo de investimento se encaixa em suas necessidades, vamos citar algumas das vantagens e desvantagens desse ativo.

Vantagens 

- Baixo risco

- Alta liquidez

- Rentabilidade maior que a poupança

- Decisões tomadas por um gestor capacitado

Por outro lado, apesar das boas vantagens que esse modelo de Fundo apresenta, ele também possui algumas desvantagens.

Desvantagens 

- Baixa rentabilidade

- Cobrança de taxas e tributações

Por fim, as vantagens acabam por superar as desvantagens dessa modalidade.

Se você, investidor, tem como objetivo investir em aplicações de baixo risco e aplicar em diferentes ativos de Renda Fixa, os Fundos DI se apresentam como uma boa opção.

Esperamos que este artigo tenha ajudado você, investidor, a entender melhor o que são Fundos DI.

Caso tenha alguma dúvida, deixe seu comentário abaixo. Estamos sempre prontos para ajudá-lo!

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