Você sabe o que é FIND11, o ETF que replica um índice com 20 empresas do setor financeiro do Brasil? Neste artigo, iremos falar tudo sobre ele, expondo a nossa opinião sobre se vale, ou não, a pena investir nesse ativo. Acompanhe mais abaixo!
O setor financeiro é um dos mais tradicionais da nossa Bolsa de Valores, principalmente no caso dos conhecidos “bancões”.
Dentre os bancos mais tradicionais, alguns deles são considerados ações Blue Chips da Bolsa brasileira.
Vale explicar, portanto, que as Blue Chips são as ações de maior valor de mercado da B3, nas quais as empresas possuem marca e modelo de negócio já consolidados.
Nesse sentido, o setor financeiro é responsável por agrupar grandes companhias, tais como Itaú, Bradesco e Banco do Brasil.
Entretanto, nos últimos anos, os bancos digitais, também conhecidos como fintechs, têm ganhado cada vez mais destaque entre os clientes e despertado a curiosidade dos investidores.
Os bancos digitais ganharam notoriedade, principalmente, por oferecerem serviços digitais e isenção de taxas, tanto na conta quanto nos cartões de crédito.
O Banco Inter e o Nubank são os cases de maior destaque e que mais chamam atenção dos investidores.
Contudo, o Nubank ainda não está listado em Bolsa.
Recentemente, o banco anunciou que busca avaliação de US$ 100 bilhões em seu IPO (em português, oferta pública inicial).
Dessa forma, seguindo na linha de oportunidades de investimento em instituições financeiras, podemos citar o ETF FIND11.
O Fundo replica a performance, antes das taxas e despesas, de um índice composto por 20 empresas do segmento financeiro do Brasil.
A seguir, vamos comentar mais sobre esse produto e dizer se vale a pena, ou não, investir nele.
O que é FIND11?
O FIND11, também conhecido como It Now IFNC Fundo de Índice, é um ETF que busca replicar a performance, antes das taxas e despesas, do IFNC (Índice Financeiro).
Diferentemente de outros índices da Bolsa de Valores, o IFNC é mais enxuto.
Conforme citado anteriormente, a carteira teórica dele é composta por 20 empresas do segmento financeiro do Brasil.
Ou seja, o IFNC é composto por seguradoras e bancos – tanto os digitais como os tradicionais.
O índice tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de maior negociabilidade e representatividade dos setores de intermediários financeiros, serviços financeiros diversos, previdência e seguros.
Ademais, o Fundo cobra uma taxa de administração de 0,60%, a qual pode ser considerada alta em relação a outros ETFs, e é um produto que faz parte da série “It Now” da Asset do Itaú.
O produto foi lançado em abril de 2011.
Como funciona o FIND11?
Conforme já citado, o Fundo em questão trata-se de um Fundo de Índice (outra nomeação para a ETF).
Assim, ele busca replicar o desempenho de algum índice – neste caso, o IFNC.
Diferentemente do que acontece em outras classes de Fundos, como o de Ações e os Multimercados, os ETFs são negociados em Bolsa.
Importante destacar que, por se tratar de um Fundo com gestão passiva, o gestor segue a política de investimentos do Fundo sem realizar uma gestão ativa antes de fazer a alocação.
No caso do FIND11, o Fundo tem como política de investimento aplicar, no mínimo, 95% de seu patrimônio em ações do benchmark em qualquer proporção, ou em posições compradas no mercado futuro do índice, de forma a refletir a variação e rentabilidade do índice de referência.
Ademais, os 5% restantes da carteira podem ser compostos por outros ativos que não façam parte do IFNC.
Quais as empresas do FIND11?
Dentre as empresas que compõem o IFNC e, consequentemente, o FIND11, podemos destacar algumas, como:
- Itaú Unibanco (ITUB4)
- B3 (B3SA3)
- Bradesco (BBDC4)
- Itaúsa (ITSA4)
- Banco do Brasil (BBAS3)
- Banco BTG Pactual (BPAC11)
- Banco Inter (BIDI11)
- Santander (SANB11)
- BB Seguridade (BBSE3)
- Sul América (SULA11)
Vale a pena investir no FIND11?
Bom, antes de qualquer análise, importante ressaltar que cabe a você, investidor, saber se tal investimento corresponde ao seu perfil e às suas necessidades.
Dito isso, o ETF replica um índice composto por 20 empresas que atuam no segmento financeiro brasileiro.
Em geral, as empresas financeiras trabalham com margens altas e têm maior capacidade de geração de valor.
Ademais, diversos investidores de renome conseguiram impulsionar a rentabilidade do seu portfólio por meio do investimento em boas ações desse segmento.
Warren Buffett, um dos principais investidores de sua geração, é um exemplo.
Aliás, a Berkshire Hathaway, empresa de Buffett, investiu, recentemente, US$ 500 milhões no banco digital Nubank.
Quando falamos de rentabilidade, com data de referência em 15 de setembro, o FIND11, no acumulado do ano, tem uma valorização negativa de -10,16%.
O IFNC tem uma valorização similar, com uma rentabilidade negativa de -9,91%.
Na comparação com o Ibovespa, o índice do segmento financeiro tem uma performance pior no ano.
O Ibovespa, principal indicador acionário do mercado nacional, tem uma valorização negativa de -3,31% no ano.
Apesar da rentabilidade negativa em 2021, o segmento financeiro apresenta boas oportunidades de investimento.
Isso vale para os bancos tradicionais, que sofreram um forte impacto durante o período de pandemia, e para os bancos digitais, que estão em ascensão no mercado e possuem bastante espaço de crescimento e evolução.
Todavia, assim como todo investimento, o Fundo do Itaú possui vantagens e desvantagens.
Vantagens
Dentre as vantagens do produto, podemos citar a praticidade que o Fundo oferece.
Ao investir no ETF, o investidor passa a ter acesso a 20 companhias do setor financeiro brasileiro, desde bancos a seguradoras.
Além disso, a exposição ao setor financeiro também é uma vantagem, tendo em vista que reúne grandes bancos do Brasil.
Desvantagens
Assim como toda forma de investimento, o Fundo em questão também possui desvantagens.
A cobrança de taxas, por exemplo, é uma das desvantagens.
No caso do Fundo de Índice, a taxa de administração cobrada é de 0,60% ao ano.
Apesar de não ser tão alta quando comparada a outros tipos de Fundos, como o de Ações e Multimercados, o investidor deve ficar atento, pois as taxas podem afetar a rentabilidade do Fundo.
Ademais, outro ponto negativo é a falta de liberdade de escolha do investidor.
Por replicar a composição de um índice, o gestor atua de forma passiva.
Ou seja, ele segue as porcentagens e alocações definidas por quem gere esse índice.
Dessa forma, nenhuma análise é realizada antes do investimento nas ações que estão no índice.
Assim, se uma das empresas que o compõem estiver prejudicando a rentabilidade do Fundo, não há nada que o investidor possa fazer.
Em suma, o FIND11 pode ser uma boa porta de entrada para investidores iniciantes que desejam se expor ao segmento financeiro.
Contuado, a decisão final é sempre sua, investidor, que deve analisar os pontos positivos e negativos para saber se o investimento se encaixa em suas expectativas.
Como investir no FIND11?
O processo de investimento no Fundo ocorre de forma similar aos outros Fundos de Índices negociados no mercado.
O investidor que quiser investir em cotas do Fundo precisa abrir uma conta em alguma corretora de investimentos.
Por fim, através da home broker da corretora, o investidor consegue comprar as cotas do Fundo.
Quer saber mais sobre o mundo dos ETFs? Recomendamos a leitura deste nosso artigo: Você sabe o que são ETFs? Entenda como eles funcionam aqui!
Esperamos que este artigo tenha ajudado você, investidor, a entender melhor o FIND11.
Caso tenha alguma dúvida, deixe seu comentário abaixo. Estamos sempre prontos para ajudá-lo!