Nesta segunda-feira, 26, a XP anunciou que zerou a taxa de administração do seu ETF que replica o Ibovespa, o Trend ETF Ibovespa Fundo de Índice (BOVX11). Com a medida, o Fundo torna-se o primeiro do Brasil a ser isento da cobrança.

De acordo com o comunicado, o BOVX11 terá sua taxa de administração zerada até que atinja R$ 1 bilhão em seu Patrimônio Líquido. Após tal feito, o Fundo voltará a cobrar sua taxa padrão de administração (0,15% ao ano).

Mercado de ETFs aquecido - quem ganha com isso é o investidor

O mercado de ETFs está aquecido no Brasil. Alguns exemplos podem demonstrar a força que esse tipo de investimento vem ganhando por aqui.

Por exemplo, o vice-presidente de produtos e clientes da Bolsa de Valores, José Andrade, afirmou que a B3 está preparando o lançamento de um site educativo sobre ETFs (Exchange Traded Fund). O anúncio foi realizado na quarta-feira passada, 21.

Há mais: nas últimas duas semanas, seis ETFs foram lançados no mercado. A XP é responsável pelo lançamento de dois deles: o Trend Água Tech e o XMAL11, que replica o índice Small Caps da B3. Pode-se citar, também, o REVE11, do Itaú, que replica o Russell 1000 Green Revenues 50, da FTSE Russell, índice que mede o desempenho de ações de alta capitalização negociadas no mercado americano.

Por fim, entraram na jogada as gestoras Hashdex e BTG. No primeiro caso, na terça-feira, 13, a gestora anunciou o lançamento do BITH11, ETF 100% exposto ao Bitcoin e que terá filtro ESG (Envirolmental, Social e Governance). O Fundo vai, ademais, ter metas de sustentabilidade que buscarão neutralizar as emissões de carbono.

No segundo caso, o BTG anunciou, na semana passada, o lançamento de dois ETFs: o GENB11, que replica o índice S&P/B3 Ingenius Index, o qual possui, em sua carteira teórica, empresas do mundo todo e de diversos setores; e o IBOB11, ETF que replica o Ibovespa e possuía, até o dado momento, a menor taxa de administração do setor (de 0,03%).

O posto foi perdido pelo BOVX11, da XP, que zerou sua taxa de administração com sua nova "promoção", conforme reportado acima.

Essa medida pode ser vista, inclusive, como uma "reação" à baixa taxa colocada pelo BTG em seu Fundo. Com o aquecimento de mercado de ETFs no Brasil, medidas como essa, de reduzir taxas e custos para atrair investidores, podem tornar-se mais comuns diante do aumento da competitividade.

Quem ganha com isso é o investidor.

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