O mercado de ETFs (Exchange Traded Funds, fundos de índice negociados em Bolsa) foi bastante aquecido ao longo de 2021. O número de investidores, que fechou janeiro em 269 mil, cresceu para 505 mil ao fim do mês de dezembro. Com essa evolução, o CEO da Investo (gestora independente focada em ETFs), Cauê Mançanares, acredita que 2021 foi só o começo do crescimento para esse mercado no Brasil. “O potencial dos ETFs no Brasil é transformador”, diz o CEO.

Além do crescimento em quantidade de investidores, o ano passado também marcou um aumento no número de produtos disponíveis para negociação na B3 e em abrangência (Renda Variável, Renda Fixa, Brasil, Internacional, criptomoedas).  O aquecimento deste mercado em 2021 se deve ao conjunto de alguns fatores. Ademais, esses motivos devem fomentar o crescimento em 2022 também.

Os motivos principais citados por Mançanares são três. São eles: o crescimento exponencial de investidores na Bolsa, chegando a quase 4 milhões de brasileiros com conta ativa; diversificação de investimentos, podendo apostar em diferentes ativos e países com um único fundo; e a abertura do mercado brasileiro para ativos internacionais de forma simplificada.

ETFs ao redor do mundo

No Brasil, atualmente, apenas 0,60% dos ativos investidos em fundos de investimento estão em ETFs. Neste quesito, o nosso mercado está muito atrás de outras grandes potências mundiais, como os Estados Unidos, no qual 25% de todo o valor investido em fundos de investimentos já são captados por fundos de índice.

O executivo da Investo cita que na Europa e em países como Japão, Coreia do Sul e Israel os ETFs também estão crescendo muito. “Esse fenômeno global dos ETFs demonstra que o mundo está adotando esse tipo de investimento cada vez mais, mas esses países já estavam em um período em que os ETFs estavam nascendo, assim como o Brasil está hoje”, analisa Mançanares.

Perspectivas para 2022

Para este ano, a expectativa é que o mercado continue crescendo em ritmo acelerado, com os investidores no país investindo cada vez mais nessa classe. “É um ciclo positivo de educação financeira que se torna exponencial: quanto mais pessoas conhecem esse tipo de investimento, mais esses investidores promovem a informação e trazem ainda mais pessoas para investir”, explica o CEO.

Por fim, a perspectiva para o futuro é ver cada vez mais ETFs dos mais diversos temas listados na B3, como internacionais, nacionais, de Renda Variável, Renda Fixa, criptomoedas e até outros ativos.

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