Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios, ou FIDCs, vêm ganhando cada vez mais popularidade no mercado.

Até agora, em março, eles estão na segunda posição em Captação Líquida, perdendo apenas para os Fundos de Renda Fixa.

Assim, vê-se a representatividade desse tipo de Fundo no mercado.

Porém, em quais ativos os FIDCs investem? Qual é o foco deles: gerar alta rentabilidade ou ser uma alternativa de Renda Fixa?

Entender essas questões, entre outras, é de extrema importância para saber como escolher um Fundo de Investimento que seja ideal a você.

Por esta razão, nós, da Levante Advice, preparamos este artigo. Nele, você verá tudo de mais importante sobre os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios, como os ativos nos quais eles investem e os riscos que oferecem.

Boa leitura! 

O que são os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs)?

Como o próprio nome sugere, o FIDC é composto por um grupo de pessoas que investe em Direitos Creditórios.

Na verdade, os FIDCs devem, por lei, investir ao menos 50% do Patrimônio Líquido que possuírem em Direitos Creditórios. 

Mas... o que são esses Diretos?

Em suma, Direitos Creditórios são direitos sobre... créditos!

Vamos explicar melhor: Direitos Creditórios são direitos que uma empresa, por exemplo, tem de receber através de duplicatas, cheques, parcelas de cartão de créditos, entre outras questões relacionadas a crédito.

Um exemplo prático. Imagine que você, investidor, possui uma loja de roupas. De uns tempos para cá, você vendeu diversas peças e afins por meio de cartão de crédito, ou seja, você só receberá o dinheiro que lhe é devido à frente. Porém, você precisa desse dinheiro. Ou prefere tê-lo neste momento. Assim, você poderia transformar essa dívida em um título negociável, e uma companhia, ou um FIDC, poderia comprar esse título, dando o valor para você agora.

Quando os devedores pagarem o valor dessa dívida que foi transformada em título e comprada pelo Fundo, esse valor não irá para você, mas sim para o Fundo que pagou antecipadamente a dívida em forma de título negociável.

Geralmente, nesses casos, o título é vendido com certo desconto para o FIDC.

Esses processo é chamado, formalmente, de securitização.

E é justamente investindo nessas dívidas que o FIDC busca obter retorno.

Porém, no caso dos Fundos de investimento em Direitos Creditórios, a questão é mais específica. Eles aplicam em títulos de créditos formados por contas a receber de empresas. 


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Como funcionam o FIDCs?

O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios é particularmente interessante para aqueles que querem investir em um negócio com retornos financeiros periódicos.

Em suma, por se tratar de uma negociação feita com outras empresas, os FIDCs não apresentam tantas variáveis no rendimento final. 

Assim, em alguns casos, eles podem tornar-se uma opção de investimento de Renda Fixa - com mais riscos, é claro.

Assim como outros Fundos de Investimento, o FIDC é administrado por uma instituição financeira, chamada de Administrador, e possui um Gestor de Investimentos em sua "cabeça". 

Ou seja: há uma pessoa responsável pela tomada de decisão do Fundo, por decidir quais serão os títulos de crédito que receberão aportes etc.

Além disso, os FIDCs também possuem regulamentos internos de definição das políticas do Fundo.

Quais são as cotas dos FIDCs? 

As cotas dos FIDCs são classificadas em cotas seniores ou cotas subordinadas.

Elas integram um FIDC em proporções definidas pelo regulamento do Fundo.

As cotas seniores têm preferência no resgate dos investimentos e na amortização. Elas se comportam como títulos de Renda Fixa, pois a rentabilidade dos FIDCs é, na maior parte das vezes, prefixada.

Já as cotas subordinadas são aquelas, literalmente, subordinadas às seniores. 

Assim, elas não possuem preferência em caso de resgate e amortização.

Porém, aqui, o caso não é tão simples. Isso se deve, pois as cotas subordinadas também têm suas vantagens. 

Caso o FIDC obtenha margem de lucro, os cotistas "subordinados", digamos assim, recebem essa parcela. Ou seja, no fim das cotas, eles podem ter uma rentabilidade maior.

Entretanto, se o FIDC render menos que o esperado, quem sai ganhando são os cotistas "seniores", pois eles possuem a parte "fixa" da rentabilidade assegurada - e as cotas subordinadas não dão essa preferência.

Assim, em uma situação como essa, quem comprar as cotas subordinadas pode ter um rendimento menor que o esperado. 

Quais são as formas dos FIDCs?

Um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios pode ser caracterizado de duas formas: aberto ou fechado.

Essa classificação do Fundo determina, na prática, quando o investidor poderá "sair" de sua alocação.

Em FIDCs abertos, as cotas podem ser resgatadas a qualquer momento, respeitando-se as regras internas do Fundo.

Já no caso dos FIDCs fechados, há três situações de resgate:

  1. Quando terminar o prazo de duração do Fundo;
  2. Quando o Fundo for liquidado; ou
  3. Quando acabar o prazo de uma série ou classe de cotas do Fundo. 

Quais são os prazos dos FIDCs ?

Por tratar-se de um tipo de investimento que envolve burocracias e diversas particularidades, os FIDCs também contam com especificidades quando o assunto é prazo de retorno.

Por isso, é importante analisar se o Fundo de interesse está classificado com um prazo determinado ou indeterminado

O prazo determinado possui uma “data de validade”. Assim, no período de expiração, todas as cotas podem ser resgatadas pelos investidores.

Enquanto isso, nos classificados com prazo indeterminado, não há um período ou data exatos de encerramento do investimento. 

Vale a pena investir nos FIDCs?

Um grande atrativo dos FIDC é a possível alta rentabilidade - em relação ao risco que eles oferecem, no caso.

É normal que muitos FIDCs ultrapassem 100% do CDI - o benchmark adotado por eles na maior parte dos casos.

Por isso, é preciso estar sempre atento aos tipos de cota, considerando-se que a cota subordinada pode até mesmo ser mais vantajosa do que uma cota sênior. 

Porém, esses Fundos também possuem suas desvantagens. Eles são destinados apenas a investidores profissionais ou qualificados. Além disso, possuem baixa liquidez.

Qual a tributação dos FIDCs?

Basicamente, os FIDCs seguem a tabela regressiva do Imposto de Renda (IR). Assim, eles são tributados da seguinte forma:

  • Caso se resgate a cota em até 180 dias, a tributação é de 22,5%;
  • Caso se resgate a cota entre 181 e 360 dias, a tributação é de 20%;
  • Caso se resgate a cota entre 361 e 720 dias, a tributação é de 17,5%; e
  • Caso se resgate a cota em período superior a 720 dias, a tributação é de 15%.

Como você pode perceber, os FIDCs representam uma oportunidade válida para investidores.

Mas, como em qualquer outra estratégia, é necessário muita análise e cuidado para minimizar os riscos.

Esperamos que este artigo tenha ajudado você a entender melhor o que são os FIDCs. Caso tenha alguma dúvida, deixe seu comentário abaixo. Estamos sempre prontos para ajudá-lo! 


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