Os Fundos de Investimento tiveram um avanço de 1,59% no Patrimônio Líquido geral de fevereiro de 2021 a março do mesmo ano, indo de R$ 6,173 a R$ 6,271 trilhões, segundo dados do último Consolidado Histórico divulgado pela Anbima. Se compararmos o número de março com dezembro de 2020, vemos um avanço de 3,45% (de R$ 209 bilhões).
No mês a mês, o avanço dos Fundos foi puxado pelas classes de Fundos Multimercados, de Ações e Fundos de Renda Fixa, que tiveram desempenhos bastante semelhantes no mês em relação a seus PLs acumulados. Respectivamente – e em ordem decrescente –, elas cresceram R$ 23,7 bilhões, R$ 21,7 bilhões e R$ 19 bilhões. De resto, os resultados foram também positivos, mas menos expressivos.
Indo mais a fundo, os “tipos” de fundo dentro de cada classe com maior destaque foram os seguintes: na classe de Renda Fixa, os Renda Fixa Duração Baixa Soberano (avanço de R$ +22,9 bi.); na de Multimercados, os Multimercados Investimento no Exterior (avanço de R$ +14,7 bi.); e, na de Ações, os Ações Livre (com avanço de R$ +11,4 bi.). Porém, os Fundos de Ações Investimento no Exterior também ajudaram bastante no crescimento da classe, com R$ +3,6 bilhões.
Na parte de Captação Líquida – ou seja, entrada de recursos – de março, os Fundos vislumbraram uma marca mais modesta em comparação a dezembro de 2020: de R$ 98 bilhões, ante R$ 175,7 bilhões.
As classes de Renda Fixa e Multimercados foram as que mais contribuíram com esse resultado, com entrada de recursos de, respectivamente, R$ 61,4 bilhões e R$ 35,7 bi. Na terceira posição, encontram-se os FIDCs, com R$ 19,89 bi., enquanto o restante apresentou uma captação mais modesta. Destaque para os Fundos de Ações, que tiveram resgates líquidos de R$ 9,445 bi.
Indo, novamente, mais a fundo, mas agora no segmento de captação, os tipos de Fundo que apresentaram resultados de destaque foram: Renda Fixa Duração Baixa Soberano (R$ +21,9 bi.); Ações Livre (R$ +4 bi.); e Multimercados Investimento no Exterior (R$ +7,7 bi.).
Destaque para os Fundos com foco em Investimento no Exterior (não somente os Multimercados, apesar de eles serem destaque). Como se notou em março, gestores de peso, como Luis Stuhlberger e Rodrigo Xavier, aumentaram suas exposições a ativos externos, diante do cenário, à época, mais problemático da nossa economia e de oportunidades maior lá fora. Essa, inclusive, é uma tendência que tende a continuar, dada a maior conexão atual entre diferentes mercados e o aparecimento de janelas de ganhos no cenário externo.
Por fim, vale comentar, também, o aumento do número de Fundos em nosso mercado de dezembro de 2020 até março, que foi de 689.