As ações da Cyrela (CYRE3) são exclusivamente ordinárias e fazem, atualmente, parte do Ibovespa, o principal índice de ações da B3. A companhia ingressou no Novo Mercado da BM&Fbovespa em setembro de 2005.
Fundada em 1962, a Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações atua em todas as etapas do negócio imobiliário, em sete Estados do País. Embora mantenha o controle de seus projetos em atividades de incorporação, construção, vendas e serviços, a companhia atua não só de forma independente, mas também por meio de parcerias.
Em 2011, ela criou o Instituto Cyrela. Em 2015, passou a deter participação de 100% na JV Plano & Plano Incorporações Ltda. (“P&P Incorporações”). Em 2017, mantinha 13,62% de participação na Tecnisa S.A.
Amparado em três pilares (pesquisa, treinamento e controle de qualidade), o Grupo Cyrela se dedica aos três segmentos do mercado imobiliário com marcas distintas:
- Living: dedicada aos empreendimentos destinados à classe média;
- Cyrela Urbanismo: para imóveis de alto padrão e luxo;
- Vivaz: criada em 2018, atua em parceria com o programa “Minha Casa Minha Vida”, a fim de “construir o sonho da casa própria com o valor certo”.
Em 2005, as ações da Cyrela chegaram a ser negociadas a, em média, R$ 6. Seus papéis acompanharam o desenvolvimento da incorporadora ao longo dos anos e, em meados de 2019, chegaram a valer R$ 30,02. Já em 2020, a retomada do setor imobiliário – abalado pela pandemia da Covid-19 – está contribuindo para a recuperação das ações da companhia, que chegaram a ser negociadas a R$ 12,65 em maio, mas em outubro de 2020 alcançaram o patamar de R$ 26,01.
Resultado da Cyrela (CYRE3) do 4T20
No dia 18 de março deste ano, a Cyrela revelou os seus resultados do 4T20.
Os números, divulgados após o fechamento do mercado, tiveram impactos neutros nas ações da Cyrela (CYRE3).
Em suma, o resultado foi positivo, com realce no lucro líquido da empresa, que superou as expectativas do mercado, e na intensa geração de caixa.
A Cyrela apresentou resultados regulares no que diz respeito à sua receita líquida, na medida em que ela ficou, aproximadamente, 10% abaixo do consenso de mercado, registrando R$ 1 bilhão no 4T20.
Observa-se, ainda, que esse montante apresentou uma leve contração de 9,2% em comparação ao trimestre anterior, sem que houvesse, no período, redução no volume de vendas.
Além disso, a margem bruta ajustada da Cyrela excedeu 2,3 pontos percentuais na comparação anual, com 33,8% no trimestre analisado. Em contrapartida, em relação à comparação trimestral, ocorreu a redução de 0,3 pontos percentuais da linha, uma vez que a empresa apresentou uma receita mais tímida.
A Cyrela (CYRE3) também registrou um impacto negativo líquido de R$ 21 milhões em decorrência das contingências judiciais. Ademais, as despesas gerais e administrativas tiveram alta de 12,2% na comparação trimestral, atingindo R$ 105 milhões no período.
Em comparação com as expectativas do mercado, a Cyrela reportou um expressivo lucro líquido, cerca de 14,5% acima do consenso, registrando alta de 75,1% na comparação anual, totalizando R$ 261 milhões no 4T20.
Já no acumulado do ano, esse valor foi de R$ 1,8 bilhão, gerando, assim, um ROE de 34,3%.
Ressalta-se que o resultado promissor da Cyrela foi fortemente impulsionado pela venda, no mês de outubro, dos lotes de ações suplementares das ofertas públicas de distribuição de ações da Cury e da Plano & Plano (IPOs), as quais foram realizadas em setembro de 2020, com impacto de cerca de R$ 48 milhões.
Somado a isso, o resultado da Cyrela (CYRE3) no último trimestre de 2020 foi influenciado pelos números da participação em suas controladas – R$ 21 milhões da Cury, R$ 17 milhões da Plano&Plano e mais R$ 20 milhões da Lavvi.
A empresa também se destacou pela sua intensa geração de caixa no período analisado, que correspondeu a R$ 439 milhões.
Com isso, é importante ressaltar o impacto líquido negativo de R$ 40 milhões no trimestre, causado sobretudo pelos impostos provenientes da venda dos lotes de ações suplementares (Green Shoe) da Cury e da oferta pública de ações (IPO) da Plano&Plano, que ficaram concentrados no quarto trimestre de 2020.
A Cyrela (CYRE3), suportada pelo crescimento do caixa, fechou o ano com uma dívida líquida de R$ 297 milhões e com uma dívida líquida sobre patrimônio líquido de 5,1%, contra 0,5% no terceiro trimestre de 2020.
Por último, a Cyrela declarou dividendos a pagar no montante de R$ 418 milhões, o que equivale a 1,087 real por ação. Isso representa um retorno em dividendos de 4,5%. Tal dividendo, o qual corresponde a 25% do lucro líquido de 2020, o mínimo obrigatório, deverá ser aprovado na Assembleia Geral de Acionistas.
Ao final do quarto trimestre de 2020, as ações da Cyrela (CYRE3) encontravam-se no patamar de, aproximadamente, R$ 29,48.
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