A CCR (CCRO3) é uma das cinco maiores companhias de concessões de infraestrutura da América Latina. Fundada em 1999, a empresa é considerada líder do segmento de concessões no Brasil, segundo a própria.

Detentora de 19% do controle das rodovias sob gestão da iniciativa privada, isto é, 3.738,7 Km, a CCR é responsável pelas concessões das rodovias federais (CCR Lam Vias) e das rodovias do Estado de São Paulo (CCR Infra SP), bem como pelas concessionárias ViaQuatro, ViaMobilidade, CCR Barcas, CCR Metrô Bahia e VLT Carioca (CCR Mobilidade) e pelo transporte aeroviário de aeroportos no Brasil e no exterior (CCR Aeroportos).

Holding do Grupo CCR, a empresa adquiriu 38,25% do capital social da STP em 2003. Dois anos depois, ela aumentou sua atuação no Estado de São Paulo por meio da aquisição da concessionária ViaOeste.

Desde então, a CCR vem realizando diversas aquisições para fortalecer seus mercados de atuação, fato que consolidou a companhia no segmento de infraestrutura como referência nacional e internacional. Atualmente, a empresa avalia sua entrada em novos campos, dentre eles os campos de saneamento e de portos.

As ações da CCR inauguraram, na Bolsa de Valores, em fevereiro de 2002, no valor de aproximadamente R$ 1,11. Onze anos depois, em 2013, os papéis já tinham disparado para R$ 20,80. No ano passado, mais especificamente em 07 de março, os ativos fecharam a R$ 12,70, afetados pelo acordo de leniência entre a companhia e o Ministério Público Federal, no âmbito da Operação Lava-Jato.

Já em 2020, as restrições impostas para limitar a propagação da Covid-19 comprometeu o tráfego, derrubando as ações da CCR para R$ 8,43 em abril. Em outubro de 2020, no entanto, as cotações voltaram a subir, chegando ao patamar de R$ 13,19.

Resultado da CCR (CCRO3) do 4T20

No dia 03 de março deste ano, A CCR (CCRO3) divulgou, após o fechamento do mercado, o seu resultado do 4T20.

No geral, pode-se considerar que os números apresentados tiveram impactos levemente positivos nas ações da CCR, que desde a divulgação acumulam alta de aproximadamente 18%.

Em suma, os resultados foram positivos e em linha com as expectativas do mercado.

A companhia apresentou uma queda da receita líquida de 3,3% na comparação anual, totalizando, então, em R$ 2,6 bilhões no último trimestre de 2020.

Já no acumulado de 2020, esse recuo foi de 5,8%, atingindo R$ 8,9 bilhões.

Além disso, no que diz respeito ao seu Ebitda ajustado, a CCR (CCRO3) apresentou uma queda de 29,1% na comparação ano a ano, contabilizando R$ 1,0 bilhão no 4T20. No período, houve uma redução de 15,1 pontos percentuais na sua margem Ebitda, atingindo 41,6% no trimestre.

Pode-se afirmar que os resultados do 4T20 foram afetados por custos extras e amortizações, em virtude da proximidade dos vencimentos da Nova Dutra e da Rodonorte. Sendo assim, a companhia fechou o seu ano com uma queda de 86,7% do seu lucro líquido em comparação a 2019, o qual totalizou R$ 191 milhões no ano de 2020.

Em relação ao endividamento, a CCR (CCRO3) se manteve em patamares semelhantes aos que foram observados no ano anterior. Todavia, o resultado foi levemente superior a 2019, com o nível de alavancagem financeira (dívida líquida sobre Ebitda ajustado) passando de 2,4 vezes no ano retrasado para 2,9 vezes no ano passado.

Por fim, como característica negativa, é possível citar a queda de 0,1% no tráfego de veículos que transitam nas rodovias onde há o pedágio da CCR.

Ao final do quarto trimestre de 2020, as ações da CCR (CCRO3) encontravam-se no patamar de, aproximadamente, R$13,00.

Quer saber mais sobre as empresas que compõem o Ibovespa? Então, continue lendo os artigos do Atlas da Bolsa, a série exclusiva da Levante Advice:

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