Os fundos de investimento alcançaram a marca de R$ 369 bilhões em captação líquida positiva (diferença entre aplicações e resgates) em 2021, o maior montante já registrado desde o início da série histórica em 2002, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

O recorde foi puxado pelo desempenho dos fundos de renda fixa, que totalizaram um saldo líquido de R$ 215,2 bilhões. O resultado ultrapassa a média dos últimos dez anos e é recorde da série histórica para a classe.

Sobre o crescimento da renda fixa, Pedro Rudge, diretor da Anbima, diz que “com as altas da Selic, em decorrência do aumento da inflação em 2021 e as incertezas fiscais, notamos uma maior aversão a risco dos investidores e, consequentemente, uma retomada aos fundos de renda fixa. Do outro lado, observamos algumas perdas nas classes mais arrojadas, como multimercados e ações”.

Conforme mencionou Rudge, os fundos multimercados terminaram 2021 com uma captação líquida positiva de R$ 59,6 bilhões, porém menor que os R$ 104,5 bilhões de 2020. A queda nos fundos de ações foi ainda maior. A captação no ano passado foi de R$ 200 milhões, representando recuo de 99% na comparação com 2020, quando tiveram saldo líquido de R$ 73,3 bilhões.

Por fim, os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) também apresentaram um bom desempenho, com captação líquida positiva passando dos R$ 77 bilhões em 2021. No entanto, 56,8% dos recursos referem-se a aportes concentrados de um único fundo da classe.

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