O mês de fevereiro de 2021 chegou ao fim. Neste ano, cada período pode ser visto como um capítulo de uma série que apresenta tanto novas possibilidades de ganhos quanto novos desafios para os mercados e os ativos.

Por isso, é necessário ficar de olho naquilo que vem fazendo peso sobre os investimentos e influenciando os rumos das Bolsas de Valores e afins.

Novamente, nós, da Levante Advice, trazemos uma matéria esclarecendo esses pontos a partir de análises realmente válidas e importantes.

No acumulado do mês de fevereiro, os Fundos Multimercados foram o destaque dentre aqueles que podem ser vistos como Fundos de Renda Variável. Com Captação Líquida de R$ 10,5 bilhões no período, eles ficaram atrás apenas dos Fundos de Renda Fixa, que alcançaram uma Captação de r$ 17,3 bi.

No acumulado dos últimos 12 meses, os Fundos Multimercado lideram em Captação – e de longe: R$ 89 bilhões, ante R$ 36 bi. do segundo colocado (Previdência). Isso mostra, como temos destacado em nossas análises, a expressividade que essa Classe de Fundos ganhou – e tem ganhado – nos últimos tempos. No tocante ao tipo de Fundo por Classe, os destaques em Captação foram, na última semana do mês passado, os Multimercados Macro, com R$ 2,8 bi., e os Multimercados Juros e Moedas, com R$ 2,2 bilhões.

Nos mercados, dois fatores foram decisivos em fevereiro: a ineficiência na vacinação em nosso País e a questão envolvendo a troca do presidente da Petrobras, que acabou afetando não apenas a companhia, mas também diversas outras estatais. Ao lado desses fatores, encontra-se, também, a questão fiscal.

Para a gestora Verde, que tem como principal nome Luis Stuhlberger, em sua Carta de Gestão de Fevereiro: “A opção política por não adquirir vacinas com a celeridade necessária está permitindo que a segunda onda da pandemia, potencializada pelas novas variantes do vírus, atinja níveis sem precedentes e novamente arrisque um colapso do sistema saúde brasileiro. [...] Tal atraso em proteger a população aparece a olhos vistos, e tem consequências óbvias tanto em termos de vidas quanto em termos econômicos.”


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Ainda mais, a questão da vacinação é, também, uma questão fiscal. Como bem destacou a gestora, “É inacreditavelmente mais barato comprar vacinas do que fazer mais gastos fiscais – que vem com endividamento, mais inflação, juros mais altos, etc.”

A gestora Ibiuna também tratou do assunto em sua Carta de Fevereiro. Para a Ibiuna: “No Brasil, os fundamentos do país seguem se fragilizando. A perspectiva de retomada está sendo afetada pelo contraste entre o recrudescimento da pandemia e a descoordenação e falta de planejamento que têm caracterizado o lento início do processo de vacinação.”

Assim, vê-se como a questão da vacinação em massa é, sem dúvidas, algo ao qual devemos prestar atenção durante os próximos meses. A rapidez e a efetividade desse processo são pontos determinantes para uma recuperação mais robusta e, principalmente, concreta do nosso mercados. Afetando-se os ativos, afeta-se a rentabilidade dos Fundos com mais exposição àqueles que possuem maior volatilidade. Fundos de Ações, por exemplo, precisam alocar e rebalancear seus portfólios com um cuidado cirúrgico atualmente.

A questão fiscal, impactada diretamente pelo auxílio emergencial, é outro ponto de atenção para o curto/médio prazo. Conforme coloca a Ibiuna: “À essa incerteza [relativa à vacinação] se adicionam o impacto fiscal da extensão do auxílio emergencial com tímidas contrapartidas de ajuste e o risco de uma guinada populista da política econômica destinada a reforçar a popularidade do Presidente Bolsonaro. Seguimos, assim, céticos com a capacidade do Governo em avançar com uma agenda de reformas ampla e fiscalmente responsável mas custosa politicamente nos dois anos finais do mandato Presidencial.”

A Verde segue a mesma linha: “O Congresso Nacional parece acreditar que pode expandir o gasto sem limites num país de dívida/PIB de 90%. As discussões recentes sobre novo Auxílio Emergencial e abertura de espaços no teto para Bolsa-Família representam um potencial tiro mortal no arcabouço fiscal brasileiro [...].”

Por fim, chegamos à questão das consequências da intervenção do Presidente nas estatais. A Petrobras (PETR4) sentiu fortemente a troca de seu presidente e as pressões governamentais no preço dos combustíveis. As ações da companhia, em 17 de fevereiro, estavam cotadas a R$ 29,59. Em 5 de março, elas fecharam em R$ 22,39, sem uma tendência clara de recuperação. Mas não foi apenas a companhia que sofreu.

Como bem pontuou a Verde em sua Carta de Gestão do Fundo AM Ações: “O setor elétrico, que costuma proteger a carteira em momentos de piora de mercado, acabou sendo também impactado pelas ameaças de intervenção do presidente.” Porém, para a gestora, as perspectivas ainda são boas, pois “arcabouço regulatório do setor é muito robusto, o que nos deixa bastante confortáveis. Existem ferramentas que podem ser trabalhadas para se reduzir tarifa respeitando os contratos e sem gerar perdas para as empresas do setor.”

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