As ações da B3 (B3SA3) são negociadas no Novo Mercado, segmento que indica o nível mais alto de governança corporativa, além de fazerem parte do Ibovespa. 

A origem dessa organização, uma das principais empresas provedoras de infraestrutura para o mercado financeiro e de capitais do mundo - segundo a empresa -, funde-se com a do próprio mercado. Já são mais de 100 anos de história da Bolsa no Brasil, mas esse novo capítulo teve início apenas em março de 2017, a partir da união dos negócios da BM&FBOVESPA com a Cetip, que resultou no surgimento da B3. 

Essa fusão foi aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e, naquele ano, transformou a empresa na quinta maior Bolsa de Valores do mundo, com patrimônio de US$ 13 bilhões.

Seu portfólio é diversificado entre produtos e serviços e possui ampla exposição a diferentes dinâmicas de mercado, incluindo a criação e gestão de sistemas de negociação, compensação, liquidação, depósito e registro para as principais classes de ativos, desde ações, títulos de renda fixa corporativa a derivativos de moeda, transações estruturadas e taxas de juros, commodities agrícolas e muito mais.

Entre 2013 e 2019, a companhia integrou uma série de projetos relevantes para o mercado em geral, como o sistema de negociação PUMA, uma plataforma multiativos e multimercados de alta capacidade e baixa latência, dentre outros avanços.

Cada vez mais valorizada em meio às modernizações, as ações da B3 (B3SA3) eram negociadas a cerca de R$ 11,48 em agosto de 2008. No início de outubro de 2016, oito anos depois, elas eram cotadas a aproximadamente a R$ 15,54. Já no mesmo mês de 2020, após os principais momentos de volatilidade da crise do coronavírus, os papéis da companhia ficaram em torno de R$ 54,53.

Ações da B3 (B3SA3): Resultado do 4T20

No dia 04 de março deste ano, a B3 divulgou seus resultados do quarto trimestre de 2020 após o fechamento do mercado, com impacto nas ações da B3.

Em suma, o resultado veio forte e acima do esperado pelo mercado, com sólido crescimento nas principais linhas de resultado.

Isso, em certa medida, já era esperado, considerando-se que a companhia já havia divulgado anteriormente o seu resultado operacional no trimestre, com alto crescimento no volume negociado no segmento de ações.

A B3 (B3SA3) apresentou um crescimento de 44,4% na sua receita líquida em relação ao 4T19, atingindo R$ 2,3 bilhões. Houve crescimento em todos os segmentos, com exceção do segmento de Balcão, que apresentou uma queda de 5,4% devido à queda em Instrumentos de Renda Fixa. 

A principal fonte de crescimento da companhia no trimestre veio justamente de seu maior segmento. A receita proveniente de Ações e Instrumentos de Renda Variável apresentou crescimento de 54% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

As despesas ajustadas da B3 (B3SA3) cresceram 10% em relação ao quarto trimestre de 2019, atingindo R$ 341 milhões no trimestre. 

Desse modo, o EBITDA recorrente da empresa atingiu R$ 1,7 bilhão. Isso representa um aumento de 46% na comparação com 4T19.

Por fim, o lucro líquido atribuído aos acionistas atingiu R$ 1,0 bilhão no trimestre, um crescimento de 49% na comparação anual. Em resumo, esse crescimento foi impulsionado pela forte performance operacional e, também, pela melhora de 76% no resultado financeiro.

A B3 (B3SA3) anunciou uma distribuição de dividendos no montante total de R$ 1,98 bilhão, sendo 798,5 milhões em dividendos regulares referentes ao resultado do 4T20 e mais 1,189 bilhão em extraordinários. Esse montante é de R$ 0,965 por ação. Isso representa um retorno em dividendos adicional de 1,74%. A data de corte para os dividendos é dia 24 de março.

Assim, o pagamento de dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP) totalizou R$ 5,3 bilhões em 2020. Além disso, houve a recompra de ações e cancelamento no valor de R$ 900 milhões, o que representa 5,3% de retorno em proventos - considerando-se o preço de fechamento do pregão do dia 04 de março. 

Ao lado de tudo isso, o Conselho de Administração da empresa propôs o desdobramento das ações da B3 (B3SA3) na relação de 1 para 3. Ademais, ele propôs, também, um programa de recompra de 27,6 milhões de ações, no prazo de 360 dias corridos. Isso equivale a 0,44% do total de ações em circulação - após o desdobramento.

Por fim, fechando a análise do resultado da empresa, a B3 encerrou 2020 com uma alavancagem financeira controlada. A relação entre dívida líquida e Ebitda ficou em 1,1 vez, abaixo da previsão (guidance) da empresa de 1,5 vez para 2021.

Ao final do quarto trimestre de 2020, as ações da B3 (B3SA3) encontravam-se no patamar de, aproximadamente, R$ 61,98.

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