A Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) divulgou hoje, 22, o seu Ranking de Fundos de Investimento de dezembro de 2020.

Neste Ranking, publicado mensalmente (referente ao mês anterior) perto do 14º dia útil, estão reunidas as seguintes informações:

  • Patrimônio líquido dos Fundos, por Classe ANBIMA;
  • Captações líquidas dos Fundos, por Classe ANBIMA;
  • Patrimônio líquido dos Fundos, por segmento do investidor;
  • Patrimônio líquido dos Fundos, por Estrutura de Gestão.

Nesta matéria, nós, da Levante Advice, comentaremos os resultados apresentados no Ranking de Gestores – e focando, especificamente, no Patrimônio Líquido, que serve como indicador importante do crescimento da indústria de Fundos.

Ranking de Gestores de Fundos de Investimento

No Ranking organizado com base nos Gestores de Fundos de Investimento pela Anbima, como tradicionalmente ocorre, as primeiras posições no quesito Patrimônio Líquido (PL, em R$ milhões) são ocupadas por 5 grandes instituições bancárias com atuação no Brasil.

São elas, da primeira à última colocação: BB DTVM S.A., com, no total, R$ 1.173.250,59 milhões de PL; Itaú Unibanco S.A., com R$ 752.185,20; Bradesco, com R$ 529.081,09; Caixa, com R$ 412.100,49; e Banco Santander (Brasil) S.A., com R$ 295.455,62.

Se partimos para a 6ª colocação, ocupada pelo BTG Pactual – sem dúvidas, um banco bastante tradicional, mas que tem uma forte frente digital –, o valor cai para menos da metade: R$ 144.039,87 milhões em PL.

Outro fator importante a ser comentado é o de que a XP Investimentos, no Ranking de 2019, ocupava a 13ª colocação; agora, a instituição, em dez./2020, está na 10ª posição, subindo 3 colocações em um ano. Seu PL subiu de R$ 51.570,37 para expressivos R$ 93.792,18, o que mostra o aumento de participação da XP na indústria de Fundos de Investimento.

No tocante ao PL por classe, a Renda Fixa, como também é, atualmente, esperado, ocupa o maior espaço no Patrimônio Líquido de quase todas as gestoras. Nas primeiras seis posições, por exemplo, e pegando as classes com maior expressividade numérica, a diferença é grande:

PL gestoras ranking anbima dez./2020

Porém, pegando o número total de PL acumulado pela Renda Fixa em dezembro de 2020 e o comparando com o mesmo mês de 2019, vê-se que o crescimento não foi tão expressivo: de R$ 2.079.638,1 milhões para R$ 2.137.682,8. Enquanto isso, em outras classes, o jogo mudou mais expressivamente:

PL classe de ativos anbima dez./2020

Os crescimentos em PL visto nas classes de Ações e Multimercados – e, em menor grau, na de Previdência – foram bem maiores, do período de dezembro de 2019 a dezembro de 2020, do que o visto na classe de Renda Fixa. O que isso nos indica? Por qual razão a Renda Fixa, mesmo crescendo menos, ainda domina a indústria de Fundos? Há alguma tendência se desenhando em frente a nossos olhos?

Em suma, de início, é importante dizer que o Patrimônio Líquido não é o único “indicador” da indústria de Fundos; porém, como a Anbima usa dele para mensurar a situação dos Fundos de Investimento em nosso País, iremos focar nele aqui.

Agora, às respostas: primeiro, mesmo que as gestoras ainda não tenham mudado, ao menos nas 6 primeiras colocações, de em torno de um ano para cá (em 2019, a ordem era a mesma que a relatada acima), o que se vê atualmente é um mercado de Fundos de Investimento cada vez mais “pulverizado”, o que é ótimo para os investidores pessoa física. O número de gestoras independentes surgindo em nosso País, com bons e representativos Fundos, só cresce – e, assim, a competitividade aumenta. Além disso, há uma razão básica para os grandes bancos ocuparem as primeiras posições: no Brasil, essas instituições ainda concentram boa parte da renda da população, com a poupança, por exemplo, ainda sendo muito expressiva em seus números. Isso facilita, por exemplo, que seus Fundos tenham maior captação líquida, pois os bancos possuem mais clientes e são mais conhecidos – o que passa uma impressão de “segurança”, mesmo que isso não seja, em 100% das vezes, verdadeiro.

Falando, agora, sobre o crescimento maior dos Fundos Multimercado e de Ações em comparação com o dos Fundos de Renda Fixa, temos algumas observações para fazer. É claro (basta ver os números) que a classe de Renda Fixa ainda ocupa a primeira posição, e talvez vejamos essa mesma dinâmica durante algum tempo. O público de investidores em Renda Variável brasileiro, por mais que tenha crescido expressivamente de 2019 até hoje, ainda é pequeno em relação àquele que aloca seu dinheiro em Renda Fixa.

O mercado de capitais, assim como a indústria de Fundos, ainda não é tão conhecido – e, ademais, ainda possui um ar muito “técnico”, de que os Fundos de Ações e afins são investimentos “para poucos”, trazem muito risco etc. Porém, como dito acima, o jogo está mudando: o expressivo crescimento de R$ 110.697,00 mi. no PL da classe de Ações e de R$ 224.377,60 mi. no PL da classe de Multimercados indica uma tendência que só tende a crescer no Brasil, a de uma expansão cada vez maior do número de pessoas investindo em Fundos desse tipo – ou seja, saindo (ou, até mesmo, não alocando como antes) de Fundos de Renda Fixa, mais conservadores e que, geralmente, geram menor rentabilidade.

O caminho, sem dúvidas, é longo; porém, a linha está traçada: o Brasil, nos próximos anos, tende a ver um crescimento expressivo nos investimentos em Renda Variável (tanto nos Fundos quanto na Bolsa) e nos Fundos não tão tradicionais.  


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