Segundo dados divulgados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais) nesta quarta-feira, 06, a indústria brasileira de Fundos de Investimento bateu, no dia 31 de dezembro de 2020, uma marca representativa: atingiu R$ 6 trilhões de Patrimônio Líquido.
De acordo com estimativas do último dado divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o valor alcançado por essa indústria equivale a 80% do Produto Interno Bruto do País. Ademais, os Fundos de Investimento fecharam o ano com mais de 25 milhões de contas ativas. Como base de comparação, em junho de 2019, eles contavam com 17,5 milhões de contas.
Tanto a expressiva entrada de aproximadamente 7,5 milhões de investidores nesse mercado em um ano e meio quanto a marca de R$ 6 trilhões de Patrimônio Líquido são representações do robusto crescimento que essa classe de ativos vem obtendo nos últimos tempos.
Entretanto, uma parte representativa dos investidores de Fundos ainda está em Fundos com altas taxas de administração e desempenhos abaixo da média.
No passado recente, quando a Selic estava em 14,25% ao ano, a taxa de administração não causava impacto tão forte na rentabilidade em comparação ao momento atual, no qual temos uma Selic de 2,00% ao ano.
Em uma indústria na qual o 2 com 20 (2% de taxa de administração e 20% de taxa de performance) são tão presentes, somente a taxa de administração já é o CDI de um ano todo. Portanto, a escolha do Fundo e da estratégia certa se faz ainda mais necessária no momento atual.
Continuando, as razões para tal crescimento são amplas. A Anbima, quando cita as vantagens da indústria de Fundos, reporta “a possibilidade de diversificação, a gestão profissional, o acesso a diferentes tipos de ativos – muitos deles não poderiam ser acessados individualmente –, a oferta de fundos com inúmeras estratégias e o baixo tíquete para aplicação”.
Sem dúvidas, a possibilidade de ter um investimento que, ao mesmo tempo, é diversificado em uma carteira de investimentos elaborada por um gestor profissional e não tem um custo elevado, no geral, é algo que tem atraído muitos investidores. Somado a isso – e a outros fatores reportados pela Associação –, há também as questões da popularização de estratégias de investimento de Fundos, que cada vez mais têm seu espaço essencial nas carteiras dos investidores, e, consequentemente, o crescimento de diferentes mercados nos quais diversos Fundos investem. Toda esse contexto favorece a alocação nessa classe de ativos.
Os Fundos Multimercado e os Fundos de Ações foram os que mais captaram no ano (juntos, o valor de captação chegou a R$ 166,9 bilhões), e os R$ 6 trilhões englobam tanto os investimentos nos mercados domésticos (99%) como os investimentos offshore (1%).
Atualmente, o Brasil está na 11ª posição dentre as maiores indústrias de Fundos de Investimento do mundo, segundo dados da The International Investment Funds Association (Associação Internacional de Fundos de Investimento, em português). Em número de Fundos, somos o maior da América. E a tendência, tanto em Patrimônio como em número de Fundos, é que cresçamos cada vez mais.
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