O Índice de Estoques (IE) do varejo paulistano de novembro cresceu 0,6% na comparação com outubro, informou a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). É a terceira melhora seguida na margem. Na comparação com novembro de 2019, o IE cedeu 13,46%, de 121,30 para 104,97 pontos.

Em relação a outubro, os empresários que consideram ter estoques adequados cresceram de 51,95% para 52,23%, a maior razão desde maio (54,59%). A proporção dos que dizem ter estoques abaixo do necessário caiu de 12,51% para 11,89%, o menor nível desde maio de 2019 (11,56%) e oitavo menor da série histórica iniciada em 2011.

Os empresários que consideram seus estoques acima do adequado, na outra ponta, cresceram de 35,16% do total em outubro para 35,39% em novembro. A alta interrompeu uma sequência de queda na proporção por dois meses seguidos, de agosto para setembro (37,8% para 37,73%) e de setembro para outubro.

Tamanho

As empresas de grande porte tiveram uma contração de 17,52% no IE entre outubro e novembro, de 125,42 pontos para 103,45. A proporção das que veem estoques adequados cedeu de 62,71% para 51,72%, a menor razão desde pelo menos junho de 2019, último mês para o qual a FecomercioSP divulgou dados com abertura por porte.

A razão das empresas de grande porte que veem seus estoques acima do adequado subiu de 20,34% em outubro para 24,14% em novembro. A proporção dos que veem seus estoques abaixo do adequado também cresceu, de 16,95% para 24,14%, maior nível desde junho de 2020 (22,45%).

As pequenas varejistas percebem uma maior adequação de estoques em novembro. O IE do grupo cresceu 1,13% em relação a outubro. A proporção de empresas que veem os estoques como adequados avançou de 51,71% para 52,24%, a maior razão desde maio (54,6%). A percepção de estoques acima do adequado subiu de 35,48% para 35,64% e a de estoques abaixo do ideal caiu de 12,41% para 11,62%.

Setores

As varejistas de bens semi duráveis tiveram queda de 2,73% no IE de novembro em relação a outubro, o pior desempenho entre os setores. A razão das que veem estoques adequados cedeu de 48,50% para 46,99%, enquanto a proporção das que enxergam estoques acima do ideal subiu de 27,82% para 29,32%. A razão das que veem estoques abaixo do adequado caiu de 22,18% para 21,80%.

O setor de bens duráveis teve contração de 0,41% no seu IE. Houve redução na percepção de estoques adequados de 50,84% em outubro para 50,63% em novembro. O setor também registrou queda na avaliação de estoques abaixo do adequado, de 9,41% para 8,79%, mas aumento na percepção de estoques acima do adequado, de 39,75% para 40,59%.

As empresas de bens não duráveis melhoraram sua percepção sobre estoques, com alta de 2,06% do IE de novembro em relação a outubro. A proporção das que veem estoques adequados subiu de 57,40% para 58,58%, enquanto a razão das que veem estoques acima do ideal caiu de 32,84% para 31,66%. A razão de empresas que avaliam seus estoques como abaixo do adequado ficou estável em 9,76%.

Por Cícero Cotrim

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