Após retomar os 128 mil pontos na véspera, o Ibovespa segue em alta nesta quarta-feira (14), acompanhando Wall Street diante de sinalização do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, amenizando o risco de iminente retirada de estímulos monetários.
De acordo com discurso preparado para falar perante a Câmara dos Representantes, Powell diz que o BC dos EUA ainda pode esperar antes de reduzir as compras de ativos, apesar da alta recente dos indicadores de inflação.
Mais cedo, o índice de preços ao produtor dos EUA mostrou variação de 1% em junho na comparação com o mês anterior (+0,8%). O resultado ficou acima da previsão de economistas (+0,6%). O dado vem um dia depois de novo salto da inflação ao consumidor naquele país reavivar temores sobre aperto monetário.
Por ora, ganha força a percepção de que a inflação acima do esperado nos EUA é transitória e o discurso do Fed tem apontado nessa direção.
Também no radar, a temporada de resultados do segundo trimestre em Wall Street. Tanto BlackRock quanto Bank of America apresentaram lucros que surpreenderam positivamente os analistas.
No início dos negócios na B3, o Ibovespa subia 0,73%, aos 129.099 pontos, seguindo os futuros na Bolsa de Nova York.
Cenário interno
No cenário interno, foi cancelada a reunião entre os presidentes dos Poderes Jair Bolsonaro, Arthur Lira, Rodrigo Pacheco e Luiz Fux após Bolsonaro ter sido internado para exames. A ideia do encontro era passar uma indicação de trégua em meio ao clima turbulento na política.
Na agenda de indicadores, em meio à segunda onda da pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica brasileira voltou a recuar. O Banco Central informou que seu Índice de Atividade (IBC-Br) caiu 0,43% em maio ante abril, na série já livre de influências sazonais. Em abril, o indicador teve elevação de 0,85% (dado revisado).
*Este conteúdo foi produzido pela Equipe do Mercado News. A sua publicação na Levante Advice é fruto de uma parceria entre os dois portais.