O Goldman Sachs enxerga potencial de valorização para os papéis da Eletrobras (ELET3, ELET6) entre 80% e 100% em caso de privatização da estatal elétrica. Ainda assim, devido às incertezas do cenário político brasileiro, o banco norte-americano não inclui o êxito da privatização em seu cenário base para a companhia, mantendo preços-alvo de R$ 48,00 para as ações ordinárias e de R$ 53,00 para as preferenciais classe B num horizonte de 12 meses.
Em um cenário no qual a privatização seja concretizada, os analistas Pedro Manfredini, Flavia Sounis e Eric Ito, do Goldman Sachs, grupo financeiro multinacional com sede nos Estados Unidos, calculam os preços-alvo para algo entre R$ 70,6 e R$ 73,8 (ELET3) e R$ 77,6 e R$ 81,1 (ELET6).
Ainda assim, a equipe chama a atenção para as dificuldades existentes para a privatização da estatal. Após a medida provisória que abre caminho para a privatização da Eletrobras ter sido aprovada na Câmara dos Deputados, na quarta-feira (19), com 313 votos favoráveis e 166 contrários, o texto segue agora para o Senado Federal, e deve ser analisado até o dia 22 de junho, quando perde a validade. “Caso não seja aprovado pelo Senado e o texto necessite de mudanças materiais, ele retornará para a Câmara dos Deputados”, alertam os analistas. Caso o texto seja aprovado sem alterações, segue para a sanção presidencial.
Sobre os benefícios de uma eventual privatização, a equipe destaca que a companhia “se beneficiaria da renovação de concessões a preços de mercado, ganhos de eficiência operacional e uma melhor percepção por parte dos investidores”, justificando as projeções mais elevados neste cenário.
As ações ordinárias da Eletrobras (ELET3) eram negociadas na B3 a R$ 42,06 ao fim da manhã na B3, enquanto as preferenciais classe B (ELET6) eram cotadas a R$ 42,01.
*Este conteúdo foi produzido pela Equipe do Mercado News. A sua publicação na Levante Advice é fruto de uma parceria entre os dois portais.