A Gol informou nesta segunda-feira, 7, que apresentou geração líquida de caixa de R$ 3 milhões por dia em novembro, incluindo o pagamento integral de seu serviço de dívida e despesas financeiras, resultado melhor em comparação ao consumo líquido de caixa de R$ 3 milhões por dia que havia projetado para esse período.

De acordo com o diretor vice-presidente financeiro, Richard Lark, este é o "primeiro mês que a companhia gerou caixa líquido desde o início da crise contrastando com o até então consumo líquido de caixa".

Para dezembro, a Gol estima continuar com o mesmo valor diário de geração de caixa, mas para o primeiro trimestre de 2021, a companhia estima redução para R$ 2 milhões por dia.

A Gol informou ainda que encerrou novembro com aproximadamente R$ 2,3 bilhões em liquidez total, alta de 4% em relação a outubro. Incluindo os valores financiáveis de depósitos não onerados, as fontes potenciais de liquidez da companhia totalizam aproximadamente R$ 6 bilhões. O prazo médio de vencimento da dívida de longo prazo da empresa, excluindo arrendamento de aeronaves e notas perpétuas, é de aproximadamente três anos.

Em relação aos dados operacionais, a Gol reiterou que em novembro a oferta média de voos aumentou 2%, para 369 voos por dia, em relação a outubro. Em períodos de pico, esse número subiu para 450 voos por dia. Diante disso, a vendas brutas consolidadas somaram R$ 886 milhões e a taxa de ocupação média foi de 84,5%. "Durante a campanha de Black Friday, mais de meio milhão de bilhetes foram vendidos", disse a Gol, acrescentando que o patamar de vendas registrados neste período indicam um comportamento favorável do consumidor para viagens no mercado doméstico.

Em dezembro, a Gol está ampliando sua oferta para cerca de 480 voos por dia, com picos de aproximadamente 600 voos diários, colocando a operação da companhia em patamares de 80% da programação de voos em dezembro de 2019.

Frota

No acumulado do ano até novembro, a companhia reduziu sua frota em 12 aeronaves B737 arrendadas, e planeja devolver dois aviões adicionais em dezembro. "As devoluções faziam parte do plano de frota do ano passado e não demandaram alterações contratuais", disse a Gol, em comunicado.

Além disso, a Gol reduziu em 34 aviões os recebimentos do Boeing 737 Max previstos para 2020-2022. "Esses cancelamentos representam uma redução definitiva nos gastos de investimentos por adiantamentos de aquisição de aeronaves e endereça o planejamento de capacidade da Gol para os próximos anos."

Por Niviane Magalhães

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