Vacinação com bom ritmo no Brasil, trazendo uma perspectiva mais clara para nossa retomada. Retomada global avançando cada vez mais. Dinâmica de juros baixos mundo afora puxando os mercados acionários.
Todos esses fatores são, inegavelmente, positivos para o nosso mercado, e poderiam impulsionar uma retomada maior em comparação à que temos visto até agora. No fim de junho, a Bolsa atingia suas máximas históricas, aos 130.776,27 pontos. Porém, até o momento no mês de julho, o Ibovespa já voltou para a casa dos 126 mil pontos.
Uma das razões para essa estagnação? O Fundo Verde nos elucida em sua Carta de Gestão de Junho. Para o Fundo: "O cenário global continua se desenvolvendo na direção da retomada cíclica, conforme os países evoluem em seus programas de vacinação". E mais: a dinâmica das taxas de juros em baixa nos mercados globais, que, inclusive, caíram pelo segundo mês consecutivo, "ajudou os mercados acionários a continuar[em] performando bem."
Porém, a gestora destaca um contraponto a essa "onda positiva" para a Bolsa. Como relatado em sua Carta: "Isso [a vacinação em avanço em nosso mercado] deveria reforçar o sentimento de otimismo com a retomada cíclica, mas o governo federal resolveu dar o proverbial tiro no pé, ao enviar para o Congresso uma proposta de Reforma Tributária que embute brutal aumento de carga para as empresas."
O mercado espera, em partes, que essa proposta sofra mudanças ou, até mesmo, que ela não seja aprovada. Entretanto, ainda assim, o dano foi feito. Como afirma o Fundo Verde: "Mesmo que tal proposta não seja aprovada, ou seja, severamente diluída (quiçá, melhorada), a discussão já abala o sentimento econômico e força retração na perspectiva de investimento de médio prazo."
No longo prazo, soma-se a esse fator a questão das eleições de 2022, outro fator de atenção para o mercado e que pode causar volatilidade em nossa Bolsa, diante de um cenário que se mostra cada vez mais complexo.