O Fundo Verde, gerido pelo renomado gestor Luis Stuhlberger, apresentou perdas no mês de novembro na parte de renda variável. Tal movimento negativo nas bolsas de valores refletiu o receio com a nova variante Ômicron do coronavírus. Por outro lado, apesar das posições tomadas em juros nos Estados Unidos também apanharem na margem, as posições na Europa geraram retornos, e particularmente a posição aplicada em juro real no Brasil trouxe um contraponto positivo ao fundo.

A descoberta da nova cepa trouxe novamente ao redor do mundo um movimento de medo e cautela para os ativos de risco, algo similar ao observado na primeira metade de 2021 com o avanço da variante Delta. Dessa forma, a carta do Fundo Verde de novembro diz que a gestora acredita que com a Ômicron “devemos ver algo similar ao que transcorreu com a variante Delta: uma forte onda de novos casos, mas sem grande severidade nem pressão nos sistemas hospitalares”.

O pensamento exposto pela carta da gestora nos levar a interpretar que, apesar de novas contaminações, o fato de a nova variante não colocar pressão no sistema de saúde diminui os riscos de um novo lockdown, que seria um grande choque para a economia brasileira e mundial. Além disso, a expectativa da evolução de contaminação com a nova variante torna a aplicação das doses de reforço ainda mais importantes.

Nesse sentido, a gestora vê o Brasil bem-posicionado, já que o País “não só tem cobertura vacinal muito boa, como está se movendo rápido para aplicar os boosters (doses de reforço), sem mencionar a imunidade advinda da grande exposição que a variante de Manaus teve pelo Brasil”.

O mercado, além de se deparar com o recente temor da variante Ômicron, também precisou dar atenção ao movimento inicial do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em direção a uma política monetária menos frouxa. O processo de transição é classificado por Stuhlberger como “bem mais complicado e sujeitos a riscos”.

O banco central americano, ao que tudo indica, parece estar tomando conhecimento de que a inflação não está em um nível razoável. Essa questão torna-se então um problema político já no primeiro ano de governo Biden, sendo necessária uma redução mais rígida dos estímulos injetados na economia dos Estados Unidos.

Para conferir a carta de gestão de novembro do Fundo Verde na íntegra, clique aqui.

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