O BTG Pactual realizou 4 alterações em sua carteira recomendada de ações para julho, reforçando sua visão positiva para a economia brasileira em meio ao avanço da vacinação no País, apesar do receio com a crise hídrica e dos ruídos políticos em torno da CPI da Covid.
Com a recuperação da economia brasileira mais rápida do que indicavam as projeções no primeiro semestre e uma melhora significativa da situação fiscal brasileira, somadas à aceleração do ritmo da vacinação contra a Covid-19 em junho, o BTG se mantém otimista com relação ao desempenho do mercado brasileiro de ações. Sendo assim, o banco optou por substituir os papéis da Gerdau (GGBR4) por Cyrela (CYRE3), refletindo a expectativa de que o setor imobiliário sustente o bom desempenho dos últimos meses.
Mantendo a exposição na área da saúde, os papéis da Hapvida (HAPV3) foram trocados por Rede D’Or (RDOR3). Outras alterações na carteira foram a retirada de Totvs (TOTS3) e Eletrobras (ELET6) para a entrada de Weg (WEGE3) e Porto Seguro (PSSA3).
Foram conservados os papéis de Vale (VALE3), Bradesco (BBDC4), CCR (CCRO3), Lojas Renner (LREN3), BR Distribuidora (BRDT3) e Oi (OIBR3).
Crise hídrica e política
Sobre o impacto da crise hídrica sobre os mercados, os analistas Carlos Sequeira, Osni Cafi, Bruno Lima e Luiz Temporini destacam em relatório que, apesar da situação delicada dos reservatórios brasileiros, não devemos experimentar racionamento de energia. Essa projeção se baseia no fato de que a matriz energética brasileira é hoje mais diversa do que era em 2001, quando uma grave crise hídrica forçou o governo a aplicar tais medidas.
A respeito dos ruídos políticos, o relatório afirma que “até o momento, não há evidências que liguem o presidente às denúncias de corrupção”, mas alerta que as investigações da CPI da Covid “podem manter o ambiente político estressado por algum tempo, trazendo volatilidade aos mercados”.
*Este conteúdo foi produzido pela Equipe do Mercado News. A sua publicação na Levante Advice é fruto de uma parceria entre os dois portais.