A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) começou a estudar uma redução no critério para classificar um investidor como qualificado. Atualmente, investidor qualificado é aquele com um patrimônio de, ao menos, R$ 1 milhão em investimentos. A discussão faz parte de um estudo da ASA (Assessoria e Análise Econômica e Gestão de Riscos).

A proposta discutida tem como intuito reduzir o limite para 600 salários, que dá em torno de R$ 600 mil. Além disso, a proposta também aponta que, caso o investidor não tenha esse valor, pode ser considerado um critério de fluxo de rendimentos, com base na renda. A proposta da ASA é que o valor seja, em média, de 15 salários ao mês.

Apesar do valor de o investidor qualificado ser de R$ 1 milhão, há pouco tempo ele era bem menor. Até 2015, era considerado investidor qualificado quem tinha patrimônio acima de R$ 300 mil.

O estudo da CVM mostra que o investidor de varejo é interessado em aplicar em novos investimentos. Além disso, o chefe da ASA, Bruno Luna, ainda destaca que o investidor que não atinge R$ 1 milhão está sendo excluído do mercado quando está acumulando patrimônio.

Ademais, Luna afirma que quem possui R$ 1 milhão de recursos quando jovem é fruto de herança. Os investidores que agregam esse valor durante a vida chegam a esse patamar em uma idade mais avançada da vida, quando deveriam reduzir os riscos das aplicações.

Por fim, além da questão do investidor qualificado, o estudo da ASA levanta outras propostas, como maior acesso ao mercado de securitização e permitir aos investidores de varejo investimentos no mercado de private equity – discussão levantada em outros países.


 

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