Na primeira reunião de 2022, o Copom (Comitê de Política Monetária) aumentou a Selic (taxa básica de juros) em 1,5 percentual, para 10,75% ao ano. A alta vai de acordo com a expectativa do mercado e com a sinalização do BC (Banco Central) na reunião anterior, em dezembro de 2021. Em meio ao cenário de inflação pressionada, a projeção do mercado financeiro, divulgada no último Boletim Focus, é de que a taxa Selic encerre 2022 em 11,75% ao ano.
Pela primeira vez em cinco anos, os juros atingem os dois dígitos. A Selic é a principal ferramenta utilizada pelo Banco Central para controlar a elevação da inflação. O Boletim Focus mais recente prevê que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve fechar este ano em 5,15%. Para se ter ideia, há quatro semanas a previsão era de 5,03%.
O Copom considera que, diante do aumento de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista. O Comitê enfatiza que irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.
Em relação aos seus próximos passos, o Comitê antevê como mais adequada, neste momento, a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros. Essa sinalização reflete o estágio do ciclo de aperto, cujos efeitos cumulativos se manifestarão ao longo do horizonte relevante. O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária.
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