Os principais mercados de ações internacionais registram perdas na manhã desta segunda-feira (19) diante de preocupações renovadas sobre um possível ressurgimento da pandemia, comprometendo a recuperação global.
Prestes a retirar todas as medidas de restrição de circulação, o Reino Unido registrou forte avanço de novas infecções pela Covid-19 durante o fim de semana, acionando o medo do risco entre investidores, que vendem ações e commodities em todo o mundo.
Também em destaque, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) chegou a um acordo para elevar a produção do cartel já a partir de agosto, o que derruba os preços do petróleo. A cotação recuava 2,5% em Londres, com o barril tipo Brent valendo US$ 71,70.
Commodities metálicas e o minério de ferro também se desvalorizaram, com receios sobre o impacto na demanda de medidas da China para reduzir a poluição do setor siderúrgico do país.
Em paralelo, a temporada de resultados das empresas referentes ao segundo trimestre prossegue nesta semana, com bons números podendo fornecer algum alívio aos investidores em meio às preocupações com o crescimento da economia mundial.
Por ora, as ações de empresas mais diretamente ligadas à reabertura, como viagens e lazer, lideram as quedas nas bolsas. Por volta de 8h30 (horário de Brasília), o índice europeu Euro Stoxx 600 caía 1,9%. Na Bolsa de Nova York, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq perdiam, respectivamente, 1%, 0,8% e 0,6%.
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa diante da aversão a risco no exterior. Os investidores reagem à piora da pandemia de Covid-19 em diversas partes do mundo devido ao avanço da variante delta, que é altamente contagiosa. Em Pequim, havia também expectativa pela decisão de política monetária do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês).
*Este conteúdo foi produzido pela Equipe do Mercado News. A sua publicação na Levante Advice é fruto de uma parceria entre os dois portais.