As bolsas da Ásia encerraram o pregão desta sexta-feira (15) sem direção única, enquanto investidores avaliavam os desdobramentos do novo pacote fiscal americano anunciado pelo presidente eleito, Joe Biden. Apesar de bem-vindo para apoiar a recuperação econômica, existe uma interpretação de que o projeto, de tão robusto, terá de ser enxugado para ser aprovado pelo Congresso com mais facilidade.

Entre as praças que se concentraram no lado mais "otimista" do noticiário - ou seja, o efeito de estímulo do pacote democrata sobre a economia global - estão os mercados chineses. O índice de Shenzhen fechou em alta de 0,27%, a 2.366,86 pontos, enquanto o de Xangai avançou menos, mas defendeu o positivo: subiu 0,01%, a 3.566,38 pontos.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng conseguiu se fortalecer 0,41%, a 28.612,50 pontos, apesar do tombo de 10,26% nas ações da Xiaomi após o Pentágono incluir a empresa na chamada "lista de entidades" dos Estados Unidos, condição que limita operações de empresas americanas a companhias chinesas por suposta ligação com o exército de Pequim.

Nas bolsas de Tóquio e Seul, por outro lado, prevaleceu o ceticismo de alguns investidores com o pacote fiscal de Biden. O índice Nikkei, da capital japonesa, fechou em queda de 0,62%, a 28.519,18 pontos, acompanhado pelo índice Kospi, da bolsa sul-coreana, que cedeu 2,03%, a 3.085,90 pontos.

Há ainda alguma cautela com o avanço galopante da covid-19 em muitas regiões do planeta, especialmente na China, o que induz à retomada de lockdowns para conter a doença.

Já na Oceania, o índice S&P/ASX 200, da Bolsa de Sidney, fechou na estabilidade, aos 6.715,40 pontos.

Por Eduardo Gayer

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