A Bolsa teve um mês de janeiro bem agitado, principalmente quando comparamos este mês de janeiro com o mesmo período de anos anteriores.

Segundo dados da Anbima, as ofertas de ações movimentaram R$ 5,8 bilhões durante o mês de janeiro deste ano. O montante representa 30,5% do total de emissões no mercado de capitais no período (a maior parcela já registrada em um mês de janeiro), que foi de R$ 19 bilhões. Em comparação ao mesmo mês de 2020, o volume total de emissões representa uma alta de 20,7%.

Destaque para os follow-ons, que registraram R$ 5,3 bilhões em janeiro, enquanto, no mesmo período, os IPOs chegaram ao valor de R$ 486 milhões.

Os Fundos de Investimento foram os responsáveis pela compra da maior parte das ações colocadas em mercado no mês. Em janeiro, ficaram com 54,2% do volume total. Na sequência, encontram os investidores estrangeiros e os institucionais, com parcelas de 25,5% e de 18,7%, respectivamente. Assim, vê-se como, no momento, o fluxo de capital estrangeiro entrando em nosso mercado acionário se mostra considerável.

Fundos Imobiliários também se sobressaíram no período, com uma captação de R$ 4,1 bilhões, 74,5% superior à verificada em 2020, que foi de R$ 2,4 bilhões.

Em relação à renda fixa, o resultado foi decrescente. As debêntures captaram R$ 4 bi em  janeiro, queda de 37,2% em relação ao primeiro mês de 2020, enquanto os CRIs e CRAs acumularam R$ 1,2 bilhão e R$ 200 milhões, respectivamente, resultado inferior ao que apresentaram no ano passado (de R$ 2,3 bilhões e R$ 1,1 bilhão).

Em suma, este mês de janeiro só mostrou um pouco do que será 2021. Vale lembrar que existem mais 42 IPOs em análise.

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