O Ibovespa voltou a romper o nível dos 116 mil pontos e zerou nesta terça-feira as perdas do ano de 2020. Esta foi mais uma sessão marcada pelo fluxo estrangeiro, que também alimenta as apostas domésticas para o índice. No exterior, o desfecho cada vez mais próximo de uma nova rodada de estímulos fiscais nos Estados Unidos impulsiona a busca por risco, fazendo Nasdaq renovar máxima histórica. No cenário local, o investidor segue atento ao desenlace das reformas em 2021.

O índice terminou a sessão aos 116.148,63 pontos (1,34%), maior nível de fechamento desde 19 de fevereiro (116.517,59 pontos). No ano, agora, as perdas foram zeradas e há pequeno ganho acumulado de 0,44%.

Do exterior, mais uma vez, veio o noticiário que deu o combustível ao movimento. Cresce no mercado a percepção de que republicanos e democratas chegarão, nesta semana, a um acordo sobre o novo pacote fiscal. A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e o presidente eleito, Joe Biden, pediram, ontem à noite, celeridade nas discussões. Hoje, Pelosi convidou parlamentares dos dois partidos para uma reunião.

Assim, vem do exterior a demanda por ativos de risco. No caso brasileiro, destaque para as altas de blue chips - Bradesco ON (+0,55%), Vale ON (+1,14%) e Petrobras ON (+1,29%).

No pregão, os papéis de siderúrgicas também foram marcados por melhora de recomendações de bancos estrangeiros.

O Goldman Sachs elevou a da CSN de neutra para compra e o Morgan Stanley alterou a da Gerdau de equal-weight (em linha com a média do mercado) para overweight (desempenho acima da média do mercado). As ações dessas companhias tiveram ganhos respectivos de 3,45% e 4,34% hoje.

Por Mateus Fagundes

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