A Azul registrou um prejuízo líquido de R$ 1,226 bilhão no terceiro trimestre de 2020, divulgou nesta segunda-feira a empresa, em balanço enviado à CVM. O resultado representa um aumento de 122,7% na comparação com o prejuízo de R$ 550 milhões de igual trimestre de 2019. Conforme a empresa, os números continuaram pressionados pela pandemia do covid-19.

O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 258 milhões, contra um resultado positivo de R$ 935,8 milhões registrado um ano antes. A margem foi negativa em 32%, contra 30,9% positiva em igual base de comparação.

A Azul registrou ainda um prejuízo operacional de R$ 247,7 milhões no trimestre, representando uma margem negativa de 30,8%. Excluindo ganhos não-recorrentes, o prejuízo operacional ajustado totalizou R$ 671,8 milhões. Um ano antes, a linha do balanço havia sido positiva em R$ 526 milhões, com margem positiva de 17,4%.

No trimestre, a Azul registrou uma receita líquida de R$ 805,3 milhões, queda de 73% na comparação com o registrado em igual período de 2019, mas um aumento de 100,5% comparado com a receita líquida de R$ 401,6 milhões do trimestre imediatamente anterior.
O RASK (Receita operacional por assentos-quilômetro oferecidos) reduziu 20,3% durante o trimestre na comparação anual, para 24,86 centavos de real.

Já a receita líquida de Cargas e outras receitas cresceram 26,6% na comparação com o terceiro trimestre de 2019, totalizando R$ 180,8 milhões, relacionado principalmente com a melhora no desempenho da operação de cargas. O segmento tem trazido uma boa sustentação ao setor aéreo durante o período de pandemia.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 1 bilhão no trimestre, queda de 6,4% na comparação anual, como resultado da depreciação média de 35,4% do real no período.

Por Cristian Favaro

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