Na quarta-feira (30), durante live promovida pela Verde Asset Management, o CEO e cofundador da Hashdex, Marcelo Sampaio, afirmou que a saída de mineradores da China pode ser um bom negócio no longo prazo, especialmente do ponto de vista ESG (Environmental, Social and Governance).
Sampaio admite que a notícia é negativa no curto prazo, porém ressalta que a energia utilizada hoje na mineração de criptomoedas, na maioria das vezes, vem de fontes poluentes.
Ademais, o CEO ainda afirma que a descentralização da mineração e do uso da energia na China pode ser interessante para o mercado de criptoativos.
“O minerador está num jogo em que precisa minerar com a energia mais barata possível para ter o menor gasto e aumentar a mineração. E as mais baratas são as energias renováveis”, comentou.
A China, atualmente, é responsável por boa parte do processo de mineração de Bitcoin do mundo.
Crescimento e hedge
Segundo Sampaio, a maioria dos investidores que buscam os criptoativos estão atrás de crescimento e hedge (proteção).
Na entrevista, ele destacou que o cenário macroeconômico está “estranho”, com impressão de dinheiro em larga escala.
Dessa forma, muitos investidores investem em criptomoedas com o objetivo de se protegerem de eventuais impactos derivados do momento macro.
Por outro lado, os investidores que buscam crescimento estão mais atentos ao fato do aumento de compra de criptomoedas. O aumento de investimento nesse tipo de ativo, tanto por países quanto por pessoas físicas, pode aumentar seu valor.
Panorama do Bitcoin
As últimas semanas foram de muita volatilidade para a maior criptomoeda do mundo com as notícias da China. Apesar disso, os investidores em Bitcoin também tiveram notícias positivas.
No Brasil, na última quarta-feira (23), por exemplo, começou a ser negociado na Bolsa de Valores o primeiro ETF da América Latina com 100% de exposição ao Bitcoin.
Além disso, o Bitcoin também foi destaque na terça-feira (29), após declaração da senadora dos Estados Unidos Cynthia Lummis. Lummis apareceu em TV Aberta para recomendar que os norte-americanos pensem em criptomoedas como um ativo para aposentadoria.
Por fim, a senadora, durante participação na CNBC Financial Advisor Summit, afirmou que pretende lutar para evitar regulamentações da criptomoeda na maior economia do mundo.
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